O vereador do pelouro de Obras Particulares da Câmara de Aveiro, Carlos Santos, disse que não existe nenhum loteamento aprovado para a zona onde estava a casa com traços de Arte Nova que foi demolida em Cacia, noticia o JN.

«"Não há loteamento nenhum aprovado, o que existiu foi um pedido de viabilidade de construção que, ao fim de um ano, caducou", disse o autarca.

O antigo presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto tinha firmado ao JN que a Câmara de sua gestão tinha aprovado um loteamento para o local em que a casa devia ser preservada.

Também o actual presidente da Junta de Freguesia de Cacia, Simões Calafate, precisou ao JN, que existia um loteamento aprovado em 2001, em que a casa se deveria manter.

A casa, que o o historiador aveirense e autor de um livro sobre Arte Nova, Amaro Neves, considera que se enquadrava genericamente nas linhas estéticas da Arte Nova em Aveiro" foi motivo de alguma polémica na última reunião pública da edilidade.

O edifício estava em ruínas e era frequentado por toxicodependentes e prostitutas, para além de ser "um ninho e ratos e de silvas".

Localizada perto de uma escola, a casa, era considerada pela Junta de Freguesia "um perigo" e tinha sido já alvo de discussão numa das últimas reuniões da Assembleia de Freguesia de Cacia. A sua demolição, segundo afirmou um dos proprietários, Encarnação Dias, foi autorizada verbalmente pela Câmara.

Na última reunião camarária, o vereador socialista Marques Pereira questionou o Executivo de Élio Maia. O vereador Carlos Santos disse que a casa não tinha valor cultural nenhum e que foi bem demolida. Carlos Santos disse na altura aos jornalistas que desconhecia se a demolição tinha sido ou não legal».(JN)