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Pedido de falência da Ovarense
2006/07/06

O futebol da Associação Desportiva Ovarense (ADO) está a braços com um pedido de declaração de insolvência, apresentado anteontem por um antigo elemento técnico que treinou a equipa sénior, noticia o Diário de Aveiro.

«O autor do requerimento é Manuel Torrão, credor em vias de execução, que alega uma dívida pendente de cerca de 15 mil euros, num processo que foi distribuído ao 2.º juízo do Tribunal da Comarca de Ovar. Manuel Torrão pertenceu aos quadros do clube vareiro, no tempo em que coadjuvava o treinador Joaquim Teixeira, quando este esteve no comando técnico da formação «alvi-negra».

O Tribunal deverá, nos próximos dias, proceder à notificação da actual Comissão Administrativa da ADO, liderada por Carlos Brás, ao abrigo do disposto no novo regime de insolvências e recuperações de empresas. Num momento particular difícil da vida da colectividade, a Ovarense vai agora ter de enfrentar mais este processo e tentar defender-se, provando que é viável do ponto de vista financeiro.
Uma situação que não é crível que venha a acontecer, segundo o ex-presidente da Assembleia-Geral da Ovarense, Fernando Raimundo Rodrigues. De acordo com o antigo dirigente e presidente honorário da ADO, «há muito que o clube se encontra em falência técnica, porque o património está todo penhorado».

Raimundo Rodrigues lamenta a situação em que o clube caiu e atribui responsabilidades «à indiferença dos associados e de determinadas entidades, com destaque para a Câmara Municipal de Ovar». Esta indiferença, continua, «levou a que esta Comissão Administrativa tivesse que ser nomeada com todos os poderes e mais alguns».
Fernando Raimundo Rodrigues é associado da ADO há 42 anos e é presidente honorário há 30, tendo sido o responsável pela construção do actual pavilhão (que foi baptizado com o seu nome), onde joga a equipa profissional de basquetebol.

Superfície comercial Não tendo sido possível contactar com o presidente da Comissão Administrativa que gere o clube, o Diário de Aveiro apurou que Carlos Brás deposita esperança num projecto que prevê a instalação de uma grande superfície comercial no espaço actualmente ocupado pelo estádio de futebol. A concretizar-se, a operação poderia render uma verba considerável para o clube resolver as suas dívidas.

O vereador das Obras Públicas e Particulares da Câmara Municipal de Ovar, José Américo, em contacto com o Diário de Aveiro, confirma a entrada nos serviços de um pedido de parecer sobre localização de uma grande superfície comercial, que vai ser hoje mesmo analisado na reunião semanal do executivo.

Segundo o autarca, «o pedido é feito pela Direcção Regional da Economia do Centro e não tem nada a ver com a Ovarense». Aliás, José Américo frisa que «este processo vai ser analisado à luz do interesse municipal e não em função de salvar seja quem quer for». A posição da autarquia, nesta matéria, mantém-se: «Nós temos que gerir o Município e não nos podem ser assacadas responsabilidades pela situação a que chegou o clube».

Por seu lado, o antigo dirigente, de 75 anos de idade, tem dúvidas sobre a viabilidade do projecto: «Sinceramente, não estou a ver como é que isso possa ser possível, porque a equipa não tem onde jogar». E garante que «se fosse mais novo, eu próprio avançaria para tentar resolver a situação». Não podendo, apela à sociedade civil e à autarquia para darem as mãos, neste momento difícil, no sentido de salvar a Ovarense.


Clube impedido de registar contratos-Processos acumulam-se em Tribunal

Este pedido de insolvência requerido por um credor é apenas mais um a juntar aos muitos processos que envolvem a Ovarense.

Em função disso, o clube está impedido de registar novos contratos com jogadores tendo em vista à nova época. A decisão foi tomada segunda-feira pelo Conselho de Disciplina (CA) da FPF e abrange ainda o Maia e o Marco. Estes clubes ficam não só proibidos de registar novos contratos, mas também de renovar os existentes, enquanto mantiverem as dívidas salariais com ex-treinadores e ex-jogadores.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ovar tem em marcha uma acção judicial contra actuais e antigos dirigentes do clube, reclamando uma dívida de 6.699.768 euros. A juntar a estes, o clube tem em atraso salários da equipa técnica que esteve ao serviço do clube na última época, acumula dívidas a hotéis, restaurantes, empresas de transportes e relacionadas com o alojamento de jogadores, que entretanto foram despejados dos seus apartamentos.» (Diário de Aveiro)

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