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Câmara vai criar viveiros de bivalves
2006/06/21

O braço da ria de Aveiro que se estende entre a zona da Mamaparda e o cais da Bestida, no concelho da Murtosa, vai albergar talhões para o cultivo de bivalves, noticia o JN.

«O pedido de licenciamento já foi feito à Capitania do Porto de Aveiro pela Câmara da Murtosa, que pretende, com este projecto, "olhar para o sector das pescas de forma diferente" e, ao mesmo tempo, "dar a oportunidade às pessoas do concelho de explorarem estes lotes para o cultivo de bivalves", sublinhou Joaquim Baptista, vice-presidente da autarquia.

No concelho da Murtosa grande parte da população vive do sector da pesca e, em muitos casos, da apanha de bivalves através do mergulho, prática proibida por lei. "Pode ser uma alternativa para quem se dedica a uma actividade ilegal. Essas pessoas podem, através dos viveiros, garantir o seu sustento. Não queremos com isto legalizar o mergulho, mas sim dar uma oportunidade às pessoas", realça o vice-presidente do Município.

Com este projecto de criação de talhões, a autarquia espera "contribuir para a preservação da forma tradicional de captura de bivalves" e, ao mesmo tempo, encontrar uma solução que potenciasse o cultivo em zonas que actualmente não estão a ser utilizadas. O projecto está a ser feito em parceria com a Capitania do Porto de Aveiro, a Direcção Regional das Pescas e o Instituto Nacional da Água, que foi o responsável pela demarcação da zona onde irão ser construídos os talhões.

Ainda não há, para já, uma data definida para a implementação do projecto, que, segundo Joaquim Batista, depende do Ministério do Ambiente. Nesta primeira fase, vai ser construído um loteamento com dez lotes. Cada talhão terá uma área de cerca de dois mil metros quadrados.

As concessões serão atribuídas pela Direcção Regional de Pescas, que fará uma avaliação da actividade no final de cada ano. "Tem de haver um controlo das vendas feitas em lote e dos bivalves que foram comprados para cultura. Esta avaliação anual obriga a que os concessionários tenham de ter tudo legal, afastando, assim, os receios das associações de pescadores, que dizem que este projecto servirá para branquear as actividades ilícitas", acrescenta Joaquim Baptista.» (JN)

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