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Beira-Mar faz empréstimo para receber dívida
2006/04/04

A Câmara de Aveiro e o Beira-Mar estão a negociar a dívida de 800 mil euros da autarquia e a solução pode ser a contracção, pelo clube, de um empréstimo bancário apresentando terrenos do património municipal como garantias, noticia o Diário de Aveiro.

«Esta é uma hipótese que se encontra na mesa das negociações entre as duas partes, que ainda não chegaram a acordo. A reunião da direcção do clube, que se realiza habitualmente, às terças-feiras, foi antecipada para ontem à noite e este constituía um assunto a abordar.

O empréstimo a contrair seria feito pelo clube junto da banca, dada a impossibilidade da Câmara em o fazer, mas seria um valor que seria depois entregue pela autarquia ao Beira-Mar. A participação da Câmara seria cedendo terrenos para o clube usar como garantia bancária para viabilizar o empréstimo. O Diário de Aveiro tentou mas não conseguiu ontem obter um comentário da parte da Câmara, que prefere não fazer qualquer declaração pública sobre o assunto.

A negociação da dívida é fundamental para o equilíbrio das contas do clube. Contactado pelo Diário de Aveiro sobre esta negociação, o presidente do Beira-Mar, Artur Filipe, confirmou que as duas partes se encontram em negociações mas não avança com uma data para o desfecho. Artur Filipe diz que o assunto «está a ser estudado».

Do total da dívida da autarquia ao clube, entre 500 a 600 mil euros são da responsabilidade da empresa municipal Estádio Municipal de Aveiro (EMA).

O sucesso da negociação tem uma importância relevante para a saúde financeira do clube. Artur Filipe diz que será necessário subir de divisão e manter-se dois anos na Primeira Liga «para equilibrar as contas». A subida de divisão é particularmente importante para o clube de Aveiro tendo em conta as receitas que são perdidas, por se encontrar na Liga de Honra. Um exemplo significativo são as receitas provenientes da transmissão televisiva dos jogos pela SportTV que estando o clube na Primeira Liga pode fazer um encaixe anual de cerca de 1,5 milhões de euros.

Na entrada da nova direcção, o investimento dos dirigentes foi forte, representando compromissos financeiros na ordem dos dois milhões de euros em avais pessoais.

A vida da nova direcção não foi fácil. Quando tomou posse, segundo Artur Filipe, «uma semana depois, recebeu como prenda uma surpresa» no valor de 62 mil contos para pagamento de dívidas ao fisco, de IRS de contratos de jogadores e do IVA referente à venda do jogador Beto.

Para o equilíbrio das contas, a direcção precisa que garantir o pagamento da dívida da Câmara, subir de divisão, ter os proveitos da situação e ter «muito tacto», diz Artur Filipe. Ilustrando a situação financeira, o presidente diz que a direcção está «com a água pelo queixo».

Na próxima época, que se espera seja na Primeira Liga, a direcção espera «gastar menos do que na actual época» e continuar com o tipo de opções em termos de investimento, lembrando que o brasileiro Labarthe foi o jogador mais caro para o clube que pagou 1000 contos pelo empréstimo do Sporting, enquanto outros são contratos de «500 ou 600 contos», diferente do passado, com ordenados de «quatro mil contos e depois não jogavam» (Diário de Aveiro)

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