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Rota da Luz sem dívidas
2005/12/30

«Deixo a Região de Turismo da Rota da Luz sem dívidas. Quem vier a seguir não tem problemas de dívidas a pagar, não há maus investimentos, porque investiu-se apenas aquilo que era possível investir», diz Encarnação Dias, à beira de abandonar a presidência, em entrevista ao Diário de Aveiro.

«(...)

No futuro, as regiões de turismo farão somente a promoção dentro do País?
As regiões continuarão a fazer as suas promoções. Nessas promoções, a minha política tem sido a de fazer a promoção em associação com regiões limítrofes com a Rota da Luz, como a de Coimbra e, sobretudo, a de Viseu. Quando ouvimos dizer que um concelho quer fazer promoção turística é, no mundo moderno, o que há de mais errado. Nós temos mais de 300 concelhos, por isso é impossível, numa feira, aparecerem mais de 300 câmaras e mais de quatro mil freguesias. No mundo competitivo do turismo, as políticas modernas do turismo não apontam para nada disso. Nós temos que alargar os nossos espaços para alargarmos os nossos produtos. Quando vamos uma feira ao estrangeiro temos que fazer uma oferta alargada, porque somos um país pequeno. Essa ideia de devolver um concelho é boa, mas temos que perguntar como isso pode interessar a um operador turístico. Por isso, temos que alargar os produtos como oferta, nomeadamente o alojamento, para termos mais capacidade de alojamento e de oferta. Importa-nos muito oferecer as nossas praias, o nosso interior, a nossa Ria, mas precisamos de ter conjuntamente com isso uma parte monumental histórica que vai até Viseu, os vinhos, o termalismo (que nós não temos na nossa Região). Em termos de história e de tradição é muito bom podermos ter a Universidade de Coimbra, tal como ela também nos ajuda muito na nossa promoção, porque é uma referência nacional. Temos que juntar quantitativamente produtos para termos uma oferta que no seu conjunto seja de qualidade. E isso só de concelho a concelho não resulta. Nós temos de nos associar, e mesmo as regiões de turismo, que nem sempre são compreendidas, estão mais actuais do que nunca e, mais, por pouco dinheiro, o Estado faz do turismo um sector que é muito rentável para a nossa economia.

Hoje, cada vez mais, o turista é uma pessoa que se desloca muito rapidamente. A associação da Rota da Luz com as regiões de turismo vizinhas consegue cativar o turista a permanecer mais tempo da região?
A nossa média é de dois a quatro dias. O objectivo das regiões é sempre o de fazer que o turista permaneça mais tempo. Mas a mentalidade do turista de hoje é realmente a de ver o máximo em pouco tempo. O turista tem hoje uma mobilidade muito grande, movimenta-se com muita rapidez. Nisso, eu costumo dar o exemplo de Fátima, em que o turista vai a Fátima mas já não pernoita lá com a frequência que fazia antigamente, já que a auto-estrada permite a chegada a Lisboa numa hora e meia. O turista que vem passar a Portugal quer ver o máximo do país nessa semana, a não ser o turista de lazer que vem passar uns dias à praia, que vem para descansar, ou então o turista com outras apetências, como aquele que vem para estudar e conhecer a região, a cultura, que perde tempo a provar a gastronomia ou a visitar as belezas naturais. O turismo de massas rege-se pela ideia de ver o máximo no mínimo de tempo.»
(...)

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