2005/08/03 A carteira de encomendas da indústria portuguesa de calçado no 2º trimestre do ano foi a mais favorável dos últimos três anos, mas as empresas mostram "pouca confiança" neste indicador, anunciou hoje a associação do sector, noticia a LUSA.
«As previsões das empresas apontam para que o próximo trimestre seja caracterizado por uma "nova redução ao nível de produção e da carteira de encomendas, nomeadamente de clientes estrangeiros", refere a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) na análise trimestral de conjuntura relativa a Abril/Junho de 2005.
No segundo trimestre, a percentagem das empresas que dizem ter menos de um mês de produção assegurada pela carteira de encomendas reduziu-se "abruptamente", passando de 42 para 18 por cento.
Por sua vez, 51 por cento das empresas inquiridas pela associação tinham entre um e dois meses de produção assegurada pelas encomendas, 24 por cento entre dois e três meses e seis por cento mais de três meses.
Do inquérito periódico realizado às empresas do sector concluiu- se que, apesar destes "sinais positivos", a tendência de evolução da produção permaneceu negativa e a utilização da capacidade produtiva permaneceu "abaixo do normal" para a época do ano.
Contudo, refere a APICCAPS, no segundo trimestre, verificou-se uma redução no número de empresas que declaram enfrentar dificuldades financeiras, nomeadamente entre as que não têm colecção própria. "Entre as empresas que se dedicam exclusivamente à exportação, a maioria afirma mesmo não ter enfrentado nenhuma limitação à produção e vendas", acrescenta.
Relativamente aos preços de venda, embora não haja um movimento de ajustamento generalizado, a pressão sobre os preços é no sentido da baixa, tanto no mercado interno como nos internacionais.» (LUSA). |