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Aveiro e Ílhavo cada vez mais separados
2005/06/21

Os presidentes das Câmaras de Aveiro e Ílhavo, Alberto Souto e Ribau Esteves, voltam a encontrar-se no debate público, trocando acusações e aumentando a distância institucional entre os dois municípios que lideram há dois mandatos.

A distância entre os dois, um do PS e outro do PSD, ambos líderes distritais partidários, é grande e aumentou no dia, ironicamente, em que o Diário de Aveiro publicou uma entrevista com o autarca ilhavense com o título: "É importante que Ílhavo e Aveiro estabeleçam acordos e os cumpram".

A imagem pública destes autarcas vizinhos é de afastamento.

Desta vez, tudo começou em 2003 quando foi constituído o Conselho de Administração da SIMRIA, empresa municipal de tratamento de efluentes, na qual participam 11 autarquias, entre as quais as de Aveiro e Ílhavo.

A partir de Abril de 2003, o CA ficou constituído por elementos social-democratas. As câmaras socialistas impugnaram a assembleia geral que o constituiu e ganharam a causa no Supremo. O acórdão foi conhecido na quarta-feira última e o socialista Alberto Souto disse que se tratava de dar razão a quem se queixava contra a partidarização e a falta de respeito pelas minorias, às quais lhes foi retirado o direito de indicar um administrador.

Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, Ribau Esteves respondeu que a Câmara de Aveiro deve 4,4 milhões de euros á SIMRIA, acusando Alberto Souto de "não honrar compromissos".

Parecendo estar conformado com o acórdão do Supremo preferiu criticar o comportamento da Câmara de Aveiro ao não assumir a dívida à SIMRIA, não pagando a utilização do sistema de recolha, em alta, e tratamento dos efluentes domésticos, embora tenha acrescentado que "fica a dúvida quanto à consequência prática, útil da setença".

Sobre a exclusiva participação de elementos do PSD no CA, Ribau Esteves disse que se trata da "representação partidária natural".

Resposta de Souto
Alberto Souto faz várias acusações a Ribau Esteves além de criticar a colocação exclusiva de social-democratas no CA da SIMRIA: "Ribau Esteves utilizou meios ilegais para obter os seus objectivos políticos", escreve em comunicado de 12 pontos distribuído esta segunda-feira poucas horas depois da conferência de imprensa de Ribau Esteves, concluindo que se tratava de um "saneamento político total, sabendo que isso constituía uma insensatez política e um acto de irresponsabilidade funcional para a empresa".

O autarca de Aveiro faz outras alusões referindo-se ao "adiamento que promoveu da Assembleia Geral para, assim, permitir que a Câmara de Ílhavo adquirisse mais capital ao accionista Estado".

Quanto à dívida da Câmara de Aveiro à SIMRIA, de 4,4 milhões de euros, que Ribau lembra, Souto alega que a autarquia "não reconhece qualquer dívida (…) o contrato de concessão nunca entrou em vigor" e se Ribau Esteves insiste nisso "está, pois, de má fé e a mentir, quando agora se mostra surpreendido e diz o contrário".

Para Souto, "é falso que a Câmara não honre os seus compromissos: o contrato nunca entrou em vigor; é falso que não paguemos as nossas dívidas, porque não há dívidas validamente constituídas (…)".

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