As celebrações do 25 de Abril e dos 50 anos da revolução de 1974 contaram com um número relevante de pessoas no centro de Aveiro que aderiram à festa, em número extraordinário comparando com anos anteriores o que foi já relacionado
com a passagem do meio século e a expressão na rua a vontade de reclamar direitos e contrariar a subida de partidos da extrema direita, no caso de Portugal, do Chega.

As comemorações iniciaram-se dias antes e continuam nos próximos dias, designadamente com o Mercado das Madrugadas até sábado, entre as 20:00 e as 23:00 na Praça Joaquim Melo Freitas.

Na tarde desta quinta-feira, a festa foi crescendo à medida que avançou o desfile que partiu da Escola Mário Sacramento - um ícone da luta contra o regime da ditadura derrubada em 1974 - que desaguou no Rossio. António Morais, do palco do Rossio, disse que estava em causa transmitir a memória dos que derrubaram a ditadura e mostrar isso às forças que podem colocar a democracia em risco. No desfile e concentração no Rossio, participaram centenas de pessoas, muitos jovens, várias nacionalidades, defendendo diferentes causas, incluindo o apelo à manutenção da democracia e liberdade.

Pelo fim da tarde, a sede da Assembleia Municipal recebeu a sessão solene do 25 de abril com os cravos brancos a decorar e sem transmissão on line.
O presidente da Câmara, Ribau Esteves, do PSD, disse que a democracia não está em risco, mas Manuel Prior, do PSD sente a ameaça da extrema-direita; João Moniz do BE e Joana Teixeira do CDS, estão preocupados com o poder de compra e Ana Maria Seiça Neves, do PS, disse que há aspetos a melhorar, como na saúde, economia e habitação. Pedro Rodrigues, do PAN, valorizou a defesa do direito dos animais; Nuno Teixeira, PCP preocupado com os interesse do capital e Gabriel Bernardo com o poder das autarquias.