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Câmara admite empréstimo bancário
2022/10/30

A Câmara de Aveiro admite a «possibilidade objetiva a utilização de um financiamento bancário de longo prazo para custear obras de relevante interesse público» para suportar o plano que envolve um «elevado nível de investimento».

A autarquia precisa de dinheiro para manter uma «capacidade de investimento» que considera de «capital importância para que possa garantir uma dotação relevante na contratualização inicial do Portugal 2030 e a capacidade de ainda aceder a financiamento do Portugal 2020 no ano do seu encerramento, bem como manter e melhorar a sua capacidade de contratar empresas para os concursos de obra que tem de lançar».

A Câmara fez este anúncio mas sem se referir a qualquer valor sendo que justifica o empréstimo pelos «aumentos de custos para a Câmara», em consequência da pandemia da guerra na Ucrânia, da «guerra comercial» entre os Estados Unidos e a China e crise energética. «Entre outros fatores», aponta para o «aumento dos custos das obras», «escassez e aumento de mão-de-obra e o aumento do seu custo», a «especulação com subida dos preços que se instalou em muitos setores, a escalada inflacionista em curso, a desestruturação dos circuitos de distribuição e fornecimento de materiais».

A autarquia aponta ainda para «o aumento do valor absoluto dos impostos pagos pela Câmara pela continuada e errada opção do Governo de não reduzir o IVA, a continuada necessidade de utilizar mais tempo para executar despesa, motivada pela excessiva burocracia e pela legislação nacional desadequada ao tempo que vivemos, múltiplos atrasos dos projetistas e empreiteiros».
Segundo a Câmara, a sua capacidade de endividamento «tem espaço formal e financeiro, garantida sustentabilidade pela dimensão da receita, pelo reduzido valor do serviço de dívida anual e pela solidez da sua situação financeira».

Reforma A reforma nos transportes públicos que a Câmara pretende implementar em 2023 incluiu um aumento da oferta e na gestão do estacionamento público, um «aumento da oferta e dos seus custos nas áreas mais centrais». O resultado esperado é «atrair mais pessoas para a utilização dos transportes públicos, menos pessoas para a utilização de automóvel individual nas deslocações de curta distância, e reduzir de forma relevante o estacionamento ilegal e abusivo que na cidade de Aveiro.

No orçamento de 2023, de 147 milhões de euros, aprovado esta sexta-feira, pela maioria PSD-CDS-PPM, com os votos contra do PS, as apostas maiores são na ampliação do hospital agregado a centro académico clínico, educação, qualificação urbana, cultura, multiculturalismo e Aveiro Tech City.

Principais áreas de investimento de 2023
Educação: 18.447.145 euros
Qualificação Urbana: 21.467.255 euros
Cultura: 9.008440 euros
Qualificação Viária: 12.563.950 euros

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