A Câmara de Aveiro anunciou esta quinta-feira a criação de um Centro Interpretativo de História Natural, a «construir num espaço verde único, que abraça e integra o antigo Barreio da Fábrica Jerónimo Pereira Campos».

Será uma estrutura para «perpetuar a história das antigas fábricas de cerâmica e dar a conhecer a particularidade biológica, geológica, geomorfológica, paleontológica e de registo fóssil».

Segundo a autarquia, para que «esta operação seja possível a Câmara retira a capacidade construtiva de dois lotes de terreno de sua propriedade e para os quais o atual Plano de Pormenor define 16.000 m2 de construção».
Já em março do ano passado, a Câmara decidiu que «os seus lotes localizados nesta área não deveriam ser ocupados com mais construção, mas sim servir um propósito coletivo, permitindo a criação do “Centro Interpretativo”, tirando partido das valências naturais e patrimoniais do lugar».

O património são fósseis de animais e plantas que ficaram marcados ao longo dos último 70 milhões de anos no barreiro, onde as empresas cerâmicas escavaram no século XIX e deixaram as marcas à vista.