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Efeito da subida do mar - notícias «exageradas»
2022/06/13

As notícias sobre o impacto da subida do nível médio do mar decorrente das alterações climáticas nos principais estuários do país são manifestamente exageradas. Aveiro, Troia e todo o litoral algarvio submersos? Praça do Comércio, Algés e Vila Franca de Xira debaixo de água? Marginal da Figueira da Foz alagada? «É um exagero», conclui estudo da Universidade de Aveiro.

«O nível da água vai subir, sim, mas sem catastrofismos», segundo o estudo.
«As previsões de inundação nos estuários nacionais que têm sido divulgadas na comunicação social são exageradas e consideravelmente superiores às obtidas neste estudo, pois decorrem de trabalhos que desprezam os processos físicos que determinam a propagação da onda de inundação ao longo dos estuários”, esclarece o investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Física (DFis) João Miguel Dias, um dos autores do estudo publicado na revista Scientific Reports. Carina Lopes, Magda Sousa, Américo Ribeiro, Humberto Pereira, João Pinheiro e Leandro Vaz, todos investigadores do CESAM/DFis, também assinam o trabalho.

As «previsões alarmistas», consideram os investigadores da UA, «tendem a desmobilizar a população e a gerar desconfiança na ciência, sendo por isso urgente disponibilizar ao publico previsões fidedignas de forma a garantir o seu envolvimento e compromisso na proteção das regiões costeiras e no combate às alterações climáticas».

Segundo Carina Lopes, «a energia da onda de inundação é fortemente dissipada durante a inundação de planícies de maré e aluviais, e que essa dissipação se traduz numa redução do nível máximo da água, e consequentemente da extensão de inundação». O comunicado da UA refere que «este mecanismo é particularmente importante na Ria de Aveiro e nos estuários do Tejo e do Mondego, que possuem extensas planícies de maré e aluviais».

A dimensão da embocadura dos estuários é outro fator que determina a amplitude da onda de inundação. Neste caso, apontam os investigadores, “verificámos que a onda de inundação é fortemente atenuada durante a sua propagação ao longo de embocaduras estreitas e pouco profundas, como é o caso da Ria de Aveiro e estuário do Mondego”.

Os investigadores defendem que «o valor do nível máximo da água nos estuários, derivado da subida do nível médio do mar decorrente das alterações climáticas, depende de vários fatores. O nível médio do mar subir meio metro, por exemplo, não implica necessariamente uma subida de meio metro do nível máximo da água em todo o estuário».

Áreas urbanas da Ria de Aveiro - 6,4 km2 de área inundada em 2055 e 8 km2 até 2100

Áreas agrícolas e de pastagem alagadas e número de habitantes afetados

_ Ria de Aveio com 57 km2 em 2055 e 62,6 em 2100 e com mais de 10500 pessoas afetadas em 2055 e de 13100 até 2100.
_ Foz do Mondego com 33 km2 em 2055, 36 km2 até 2100 e cerca de 600 pessoas afetadas em 2055 e de 800 até 2100;
_ Estuário do Sado com 43,5 km2 em 2055 e 44,9 até 2100 com mais e 2500 pessoas afetadas em 2055 e cerca de 5000 até 2100;
_ Ria Formosa com 3,6 km2 em 2055 e 4,4 até 2100 com cerva de 2200 pessoas afetadas em 2055 e 2500 até 2100.

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