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Investigação elimina SARS-CoV2 das águas residuais
2022/04/04

Novos métodos de desinfeção de águas residuais podem eliminar o vírus SARS-CoV2 em 10 minutos sem afetar os organismos naturalmente presentes nas águas marinhas recetoras. Esses métodos têm vindo a ser estudados pelas investigadoras Marta Gomes, Maria Bartolomeu, Cátia Vieira, Ana Gomes, Amparo Faustino, Graça Neves e Adelaide Almeida e o trabalho foi publicado este mês na revista científica Microorganisms.

São investigadoras do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV) que integra a Rede de Química e Tecnologia (REQUIMTE), polo da Universidade de Aveiro e do seu trabalho têm resultado trabalhos «com resultados promissores da aplicação do tratamento fotodinâmico na desinfeção de águas residuais, com eliminação eficaz de contaminantes bacterianos e virais indicadores de contaminação fecal».

O vírus SARS-CoV-2 «foi detetado no trato intestinal e nas fezes de doentes infetados e o seu RNA em águas residuais». Nesse sentido, a equipa da UA avaliou a «possibilidade da sua inativação fotodinâmica em águas residuais, evitando desta forma a sua transmissão ambiental».

INFO UA
«O tratamento fotodinâmico baseia-se na aplicação de moléculas fotoativas ativadas por luz que interagem com o oxigénio e geram espécies reativas de oxigénio (ROS, do inglês reactive oxygen species) com capacidade para inativar os microrganismos. O método tem sido vastamente investigado na vertente clínica (tratamento de cancro, acne, verrugas víricas, leishmaniose cutânea, endodontites, entre outros) e, mais recentemente, na vertente ambiental, como na eliminação de Pseudomonas syringae pv. actinidea (microrganismo causador do cancro do kiwi), desinfeção de tanques de aquaculturas, e tratamento de águas residuais.

As investigadoras utilizaram um bacteriófago Phi6 como modelo do vírus SARS-CoV-2. Numa primeira fase do trabalho, foi avaliada a sobrevivência do vírus em água residual em diferentes condições ambientais (temperatura, pH e luz), verificando-se que o vírus modelo pode permanecer ativo até pelo menos 84 dias (dependendo das condições). A aplicação do tratamento fotodinâmico desenvolvido permite eliminar das águas o vírus modelo após 10 min de tratamento.

A simulação efetuada ao que aconteceria quando as águas residuais tratadas por este processo fossem libertadas para o ambiente marinho permitiu inferir que o tratamento aplicado não foi prejudicial para os microrganismos naturalmente presentes nas águas recetoras marinhas, que não sendo patogénicos para o Homem, desempenham um papel benéfico para o equilíbrio da vida marinha».

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