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Nova tecnologia evita extração mineira
2021/11/05

Resíduos aquosos provenientes da lixiviação de “lixo eletrónico”, como telemóveis, computadores, baterias e lâmpadas em fim de vida , ou resíduos hospitalares contêm elementos «terras raras», usados para a produção de componentes eletrónicos, que podem ser recuperadas usando casca de noz, avelã, pistacho, amêndoa e amendoim. Esta tecnologia vai ser alvo de um pedido internacional de patente, com o apoio da UACOOPERA, unidade de transferência de tecnologia da Universidade de Aveiro (UA).

Foi o grupo de investigação com membros do Rede de Química e Tecnologia (REQUIMTE) e do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, na UA, liderado por Eduarda Pereira, professora do Departamento de Química, que desenvolveu aquela «tecnologia que utiliza biossorventes derivados de cascas de frutos secos, para recuperar elementos terras raras». Este é um método alternativo à extração mineira.

São «terras raras» por serem de difícil extração. São compostas por 17 elementos químicos: escândio, ítrio, lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio e lutécio.

“Esta tecnologia, assente em produtos naturais, apresenta uma elevada eficiência na recuperação destes elementos, com menor custo e menor impacto ambiental que as soluções existentes”, explica Eduarda Pereira. “Este processo tira partido da utilização de resíduos da indústria alimentar que não apresentam valor comercial, permitindo assim a sua valorização para remover e recuperar elementos de terras raras, mostrando grande capacidade de remoção destes elementos quando presentes em meios aquosos, numa gama alargada de pH, salinidade e com diferentes concentrações dos elementos a recuperar”, contextualiza a coordenadora do projeto.

INFO UA
O grupo de investigação tem reconhecida experiência na concentração e recuperação de compostos químicos a partir de meios aquosos, de modo a gerar matérias-primas para processos industriais e outras aplicações, e melhorar a qualidade da água.
Alguns membros deste grupo de investigação são inventores de uma patente nacional concedida, que protege a tecnologia que utiliza macroestruturas de óxido de grafeno na remoção de metais pesados em águas contaminadas, e participam num projeto de copromoção que explora uma tecnologia que recupera terras raras dos efluentes industriais e do lixo eletrónico, recorrendo a macroalgas marinhas vivas.

UACOOPERA, unidade da Universidade de Aveiro
A UACOOPERA assegura a interface da UA com o exterior, tendo como função promover uma cultura de inovação e de transferência de conhecimento e apoiar a Academia na resolução dos problemas e na resposta aos desafios das empresas e da sociedade no geral, valorizando o conhecimento gerado e potenciando o cumprimento da sua terceira missão.

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