A crise no CDS diz muito a Aveiro a começar por Paulo Portas, que este domingo na TVI considerou a situação «grave».

Paulo Portas, ex-líder do partido, militante do CDS desde que se inscreveu como militante na concelhia de Aveiro do partido, critica a liderança do líder Francisco Rodrigues dos Santos, que está a enfrentar demissões de figuras de relevo do partido. Além de Pires de Lima e Adolfo Mesquita Nunes, João Almeida, deputado eleito pelo círculo de Aveiro já decidiu abandonar o Parlamento.

Precisamente João Almeida, de S. João da Madeira, enfrentou Francisco Rodrigues dos Santos no congresso do CDS em Aveiro, em 2020. Francisco Rodrigues dos Santos venceu o congresso sucedendo no cargo a Assunção Cristas.

Nas últimas legislativas, o CDS elegeu um deputado por Aveiro, João Almeida. Saindo, será sucedido, na bancada do CDS da Assembleia da República, por António Carlos Monteiro, número dois da lista, que já foi vereador da Câmara de Lisboa e Secretário-Geral do CDS, durante a presidência de Paulo Portas. Acontece que António Carlos Monteiro é um dos vice-presidentes de Francisco Rodrigues dos Santos, embora tenha apoiado João Almeida no congresso.

Entretanto, são do distrito de Aveiro três dos seis presidentes de Câmara eleitos pelo CDS nas últimas autárquicas. Os seis apoiaram João Almeida no congresso e os três de Aveiro são António Loureiro, de Albergaria-a-Velha, José Pinheiro, de Vale de Cambra e Duarte Novo, de Oliveira do Bairro.