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Biólogas da UA chegam aos sítios mais inacessíveis
2021/10/27

As biólogas Ana Hilário, Sofia Ramalho e Lissette Victorero e a aluna de mestrado Carolina Costa, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro estiveram até à passada quinta-feira no Ártico, para recolha de dados «antes do início previsto da atividade comercial no Ártico, como consequência do recuo da cobertura de gelo».

A equipa de 28 cientistas, engenheiros e especialistas de comunicação chegou a 28 de setembro numa expedição a bordo de um quebra-gelo para explorar as fontes hidrotermais, no campo hidrotermal Aurora, na crista de Gakkel, a 4000m de profundidade, «um dos campos hidrotermais mais inacessíveis do planeta», segundo comunicado da UA.

Quarenta anos depois da descoberta de fontes hidrotérmicas no oceano profundo, - água quente vinda do interior da terra, rica em minerais e de elevada riqueza biológica e mineral - a expedição HACON21 possibilitou pela primeira vez a aquisição de material visual e de amostras físicas de fontes hidrotermais no Oceano Ártico e sob gelo. São colhidos rochas, fluidos, sedimentos e fauna para estudos geológicos, geoquímicos, micropaleontológicos, microbianos, de meiofauna e macrofauna
"Os nossos dados vão fornecer conhecimento de base sobre esta região, que talvez seja das menos impactadas por atividades humanas, algo que que provavelmente vai mudar devido à diminuição da cobertura de gelo", segundo
Ana Hilário.

Foi «a primeira expedição a explorar e amostrar em detalhe e com sucesso um ambiente tão único sob o gelo marinho polar permanente, abrindo o caminho para a futura exploração internacional da remota crista de Gakkel». Esta é a primeira vez que fontes hidrotermais, também conhecidas como vulcões submarinos, foram investigadas com sucesso tão a Norte. Estas fontes são chamadas fumarolas negras por causa do líquido escuro superaquecido (acima de 300°C) e "semelhante a fumo" que é emitido por estruturas semelhantes a chaminés.

O programa Challenger 150, que investiga o mar profundo - entre os 200 e os 11.000 metros abaixo da superfície do oceano - que Ana Hilário e Kerry Howell, investigadora na Universidade de Plymouth (Reino Unido) irá usar resultados obtidos da expedição para trabalhar em conjunto em desafios e soluções relacionados com Ecossistemas Marinhos Vulneráveis e Áreas Marinhas Protegidas. O conhecimento será também fornecido a iniciativas intergovernamentais, como a Conferência da ONU sobre a Conservação e Uso Sustentável da Diversidade Biológica Marinha.

O programa FRINATEK, financiado pelo Norwegian Research Council, fornece a estrutura de financiamento necessária para desenvolver projetos de alto risco e alto rendimento que pretendem trazer grandes avanços científicos. O tempo de navio foi finaciado pela Universidade de Tromsø. Participaram na expedição parceiros e colaboradores do projeto HACON das seguintes instituições: CAGE-Universidade de Tromsø (Noruega), Norwegian Institute for Water Research (Noruega), Universidade de Bergen (Noruega), Institute of Marine Research (Noruega), Universidade de Aveiro (Portugal), Woods Hole Oceanographic Institution (USA), Alfred Wegner Institute (Alemanha), NASA-JPL (EUA), Memorial University (Canadá) e Universidade de Southampton (Reino Unido).

Aquele laboratório associado, uma unidade de investigação da UA, viajou no quebra-gelo RV Kronprins Haakon, na expedição liderada pelo CAGE/UiT (The Arctic University of Norway) e pelo NIVA (Norwegian Institute for Water Research).

As biólogas dquele laboratório associado, uma unidade de investigação da UA, viajou no quebra-gelo RV Kronprins Haakon, na expedição liderada pelo CAGE/UiT (The Arctic University of Norway) e pelo NIVA (Norwegian Institute for Water Research).

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