O hub português do Gaia-X, com sede em Aveiro, para criar uma infraestrutura de dados e cloud aberta, «segura e confiável, hiper escalável e agregadora de várias empresas europeias», foi apresentado esta quarta-feira, é coordenado pelo TICE-PT - Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica e tem o apoio da Secretaria de Estado para a Transição Digital.

Trata-se de uma «base transeuropeia para uma utilização de dados segura, aberta e soberana», criado para ser uma «sólida infraestrutura europeia de dados, baseada em valores europeus e apoiada pela Comissão Europeia».

O TICE.PT dinamiza e operacionaliza o hub nacional e procura parcerias com «empresas e organizações nacionais dos mais diversos setores, que tenham interesse em integrar o ecossistema europeu de dados». As primeiras empresas a aderir são a Glintt, Associação Porto Digital, Bosch e SONAE.

Segundo Manuel Ramalho Eanes, presidente do TICE.PT, «a criação do hub português do Gaia-X vai permitir às empresas nacionais acederem a uma plataforma de inovação única, fomentando a sua competitividade e a prosperidade europeia, uma oportunidade para as organizações na área dos dados e da cloud, «ajudarem a construir o futuro dos dados no continente europeu e posicionarem-se como líderes na transformação digital».

O Secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, diz que o Gaia-X acompanha a União Europeia na «transição para um modelo de economia e sociedade mais digitais» e Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal». A apresentação do Gaia-X em Aveiro é motivo para «celebrar a adesão de Portugal, que se torna assim um dos países fundadores de um Projeto estruturante para o futuro da Europa», afirmou.

Os hubs Gaia-X europeus trabalham em rede no âmbito da Comunidade Gaia-X, tendo como missão agregar o maior número de empresas e impulsionar a posição de liderança da União Europeia na economia dos dados e da cloud. O TICE.PT, dinamizador do hub português, estará encarregue de dar suporte no desenvolvimento de use cases e, no âmbito dos princípios orientadores e standards do Gaia-X, garantir apoio aos stakeholders locais, contribuindo para escalar a rede europeia.

Participaram na apresentação pública o presidente do Conselho de Administração do Gaia-X, Hubert Tardieu, o diretor-geral da Direção-Geral de Informática (DIGIT) da Comissão Europeia, Mário Campolargo, do Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, do secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo.

INFO Sobre o Gaia-X
«A nível europeu, o Gaia-X conta já com uma forte aliança de empresas e organizações com mais de 500 participantes de cerca de 350 empresas e organizações. Destas organizações, três em quatro são empresas privadas de diversos setores, com as PME a serem responsáveis por um peso de 50% do total. Este é um projeto europeu e global e tem como objetivo estabelecer espaços e ecossistemas de dados em vários domínios na Europa.
Enquadrada na Estratégia Europeia de Dados, a colaboração entre o Gaia-X e a Comissão Europeia destina-se a identificar sinergias entre o Gaia-X e iniciativas e programas como a European Cloud Federation, CEF 2 e a Digital Europe.
Mais informação em https://www.data-infrastructure.eu/GAIAX/Navigation/EN/

Sobre o TICE.PT
O Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica - TICE.PT foi constituído em 2008, com sede em Aveiro. O TICE.PT envolve e mobiliza atores relevantes em todo o país, e em particular nas regiões de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa, abrangendo toda a cadeia de valor na área das TICE. A plataforma de concertação TICE.PT garante e promove as interfaces entre o mundo académico, representado por universidades e institutos de I&D, e o mundo dos negócios, representado pelos associados e também através de redes, em especial das PME, representado por suas associações.

O TICE.PT pretende fomentar e alavancar as estratégias de Rede para o setor. Rede entre as empresas e os centros de I&D, de forma a induzir uma renovação ativa no tecido económico nacional, produzir efeitos positivos na oferta nacional potenciados pela inovação e conhecimento criando assim capacidade de exportação e criação de valor nos produtos nacionais».