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Instalação testa novo sistema de aquicultura
2021/03/30

Uma instalação-piloto de um milhão de euros com oito linhas de produção para o cultivo de espécies de águas marinhas e salobras - robalo, dourada, gambas-tropicais, ostra, serradela e pepinos-do-mar, salicórnia (sem solo) e alface do mar - foi montada pela Universidade de Aveiro, através do laboratório ECOMARE, na Gafanha da Nazaré, situado entre o Porto de Pesca Costeira e o Jardim Oudinot.

O sistema estará em operação no final do mês de abril sendo que, segundo o investigador Ricardo Calado, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Biologia e coordenador do projeto AquaMMin, há duas empresas interessadas em desenvolver estudos em parceria nesta instalação-piloto, «funcionando esta como uma montra onde a UA pode demonstrar ao setor aquícola nacional e internacional as suas soluções mais inovadoras para uma aquicultura sustentável».

O AquaMMIn procura «conceber, implementar e validar um sistema de cultivo de natureza modular».

Com o projeto financiado pelo Programa Operacional Mar 2020, numa área «que se aproxima da de uma piscina olímpica», segundo comunicado da UA, pretende-se «estudar e demonstrar o funcionamento de um novo sistema de aquicultura, designada por «multi-trófica integrada», em circuito fechado, com recirculação da água e cumprindo objetivos de sustentabilidade, circularidade e biossegurança. Em três níveis tróficos diferentes, «a água com nutrientes libertada no nível trófico anterior é aproveitada como input no nível trófico seguinte. No final da linha a água é reciclada e volta novamente ao início como input do nível trófico mais elevado».

Segundo o mesmo comunicado, o sistema «cumpre os objetivos de sustentabilidade e circularidade, permite um controlo total dos parâmetros de produção e pode ser, teoricamente, instalado em qualquer lugar, independentemente da proximidade da costa, com níveis elevados de biossegurança».

Foi escolhido o robalo, a dourada e as gambas-tropicais, porque são espécies «típicas do nível trófico mais elevado (consumidores secundários) e vulgarmente alimentadas com ração que nunca é consumida na sua totalidade». A ostra, a serradela ou os pepinos-do-mar, são «espécies do nível trófico logo abaixo (consumidores primários) serão usadas para aproveitamento da matéria orgânica particulada, e, no primeiro nível trófico, dito dos produtores, serão produzidas espécies como a salicórnia (sem solo) e a alface do mar que utilizam os nutrientes dissolvidos na água».

INFO UA~
As diferentes combinações dos sistemas modulares de aquicultura multi-trófica integrada (IMTA, na sigla em inglês) a serem avaliadas estão totalmente equipadas com sistemas de monitorização em tempo real in situ e ex situ, permitindo assim o seu acompanhamento através da cloud, bem como a correção de parâmetros físico-químicos através das soluções de automação implementadas. A página web do projeto explica ainda que os sistemas de suporte de vida que serão desenvolvidos visam igualmente testar a viabilidade dos sistemas modulares de IMTA que apresentem melhor desempenho operando num regime de reaproveitamento a 100 por cento da água de cultivo (designado, também em inglês de zero water exchange).

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