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Estudo conseguiu prever a evolução da pandemia
2021/03/26

Já são conhecidas as conclusões, no caso de Portugal - mas ainda não estão disponíveis para todos os 23 países - relativas a um estudo segundo o qual «foi possível prever a evolução da pandemia». O resultado conseguido responde afirmativamente à pergunta: «Seria possível através da investigação científica e de um inquérito pioneiro prever, na primeira vaga da pandemia em 2020, a evolução que ocorreu no último trimestre desse ano e início do ano seguinte?»

Segundo comunicado da Universidade de Aveiro (UA), «as conclusões do estudo realizado em 23 países, incluindo Portugal, mostram que com a conjugação de analíticas avançadas com ferramentas de neuromarketing que permitem o conhecimento de comportamento humano e de seus verdadeiros sentimentos, foi possível prever a evolução da pandemia». O estudo foi realizado em Portugal entre 18 de abril e 3 de maio de 2020, com a participação de pessoas entre os 18 e 65 anos residentes em Portugal Continental. A análise dos resultados é baseada em 300 inquéritos completos e validados pelo sistema.

Em maio de 2020 ano passado, segundo Valentina Chkoniya, investigadora e professora da UA, «as respostas ao inquérito apontavam para um agravamento no outono». Explicando, “o nível de medo dos portugueses participantes era relativamente baixo, sendo este o motivo que explicava um número também relativamente baixo de pessoas que interiorizaram o conhecimento sobre como evitar a infeção”, segundo a investigadora. «Maioritariamente, acreditavam que não contrairiam o vírus: apenas 8% verdadeiramente acreditava que a possibilidade de serem infetados seria alta. Por outro lado, muitos não se sentiam responsáveis por incentivar outros a seguir as restrições», disse.

Esse medo estava num nível abaixo do observado noutros países, diz Valentina Chkoniya e, «apesar de ninguém no mundo poder vaticinar a duração exata da pandemia, os portugueses acreditavam que venceriam o coronavírus em breve. Portanto, os bons resultados na primavera e o sentimento ‘de vitória’ sobre a pandemia iria trair os portugueses».

INFO UA - Avaliar respostas e medir comportamentos

Não é a primeira vez que a humanidade enfrenta desafios como este. “A chave para o combate bem-sucedido esteve sempre nas atitudes e comportamentos; hoje, com o avanço da ciência, há ferramentas que permitem entender melhor o comportamento das pessoas - daí o enfoque nesta abordagem inovadora”, justifica Valentina Chkoniya.

Numa explicação mais pormenorizada e técnica, a investigadora refere que foi usada a ferramenta iCode Smart Test, com ferramentas de neuromarketing, tecnologia exclusiva que mede o grau de certeza na resposta (uma atitude consciente versus inconsciente, uma atitude bem estabelecida versus interiorizada). O iCode Smart Test tem a forma de uma pequena pesquisa on-line, são feitas perguntas simples e o algoritmo mede o que os participantes respondem e como respondem, gravando a velocidade e ritmo com que as pessoas tocaram no ecrã. Os algoritmos estimam o quanto se hesita quando se expressa a sua opinião. Quanto maior a confiança na resposta, mais relevante é a questão para quem responde ou mais provável é que ajam de acordo com a resposta.


O estudo foi originalmente divulgado na conferência ICMarkTech 2020 (http://www.icmarktech.org/index.php/pt/ ) Na conferência foi selecionado um conjunto de estudos para uma edição da prestigiada editora cientifica Springer Nature Switzerland AG https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-33-4183-8_23 . É aí que se encontra publicado “What do portuguese really feel about te COVID-19 pandemic, consumer neuroscience and advanced analitics – discovering new perspetctives”, assinado por Valentina Chkoniya, Dorota Reykowska e Rafal Ohme.

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