Foi aprovado o lançamento do segundo concurso para a construção da Ponte-Açude do Rio Novo do Príncipe, em Cacia, Aveiro, com um valor base de 11 milhões de euros e um financiamento comunitário de 3,9 milhões de euros (POSEUR), «havendo condições para que este valor venha a ser substancialmente aumentado, tem vindo a ser sistematicamente adiada por vicissitudes várias ao nível do licenciamento ambiental», segundo comunicado.

A ponta de defesa contra as cheias vai custar mais 4 milhões do que o esperado. O comunicado do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) explica: «Depois de ter sido lançado um primeiro concurso e adjudicado em dezembro de 2017 à empresa Etermar pelo valor de 7 milhões de euros, recebido visto do Tribunal de Contas em julho de 2019 e garantido o financiamento do POSEUR em dezembro de 2016, assim como as devidas condições de licenciamento ambiental, a simples emissão do título de utilização de recursos hídricos (TURH) pela Agência Portuguesa do Ambiente necessária para o início da obra, demorou cerca de 3 anos, e aconteceu após longas e complexas diligências da CIRA, tendo o empreiteiro desistido do contrato pelo facto das condições técnicas e financeiras para a realização da obra terem sido muito alteradas neste 3 anos, nomeadamente com significativo agravamento de custos».

O prazo de execução é de dois anos.

Sobre o «Projeto do Sistema de Defesa Primário do Baixo Vouga - com um orçamento de 16,5 milhões de euros e um financiamento de 85% do PDR 2020, e 15% da CIRA e municípios. Começou a Avaliação de Impacto Ambiental - na plataforma da Agência Portuguesa do Ambiente (SILiAmb) desde o passado dia 11, uma fase que deverá durar seis meses

Com a licença ambiental, a CIRA lançará o concurso público da obra.
As duas obras, a Ponte-Açude e Sistema de Defesa terão uma «contiguidade física e assumem um investimento total de cerca de 30 milhões de euros»

A CIRA considera este projeto «de capital importância para a defesa deste território em relação às cheias, proteção dos vários valores ambientais em presença, permitir a rentabilização do potencial agrícola dos terrenos do Baixo Vouga, cuidar de outras atividades desenvolvidas nesta zona da Região de Aveiro com relevante interesse social e económico e garantir uma relevante capacidade deste território para fixação de carbono».