2021/03/22 O Movimento Juntos pelo Rossio escreveu uma carta aberta ao Presidente da República e pediu uma audiência a Marcelo Rebelo de Sousa - aguardando por uma resposta. Na carta expõe a situação para tentar evitar «esta aberração», ou seja a construção de um parque de estacionamento no subsolo do jardim do Rossio, em Aveiro, uma obra da Câmara Municipal.
«Entraremos em contacto logo que possível», respondeu a Presidência da República.
Na carta, o Movimento apela ao Presidente da República um contributo «em prol da defesa da sustentabilidade do território e de um património que é de todos, como é o Jardim do Rossio em Aveiro», tratando-se da «derradeira tentativa de evitar a destruição do mais emblemático e identitário jardim do centro da cidade de Aveiro (...) após três anos de forte contestação».
Lamenta que «de pouco valeram os contributos da discussão pública e há «processos judiciais ainda em curso», escrevem.
Na carta a Marcelo, escrevem que «não foram realizados estudos do impacto na manutenção dos negócios do comércio local, unidades de alojamento turístico e restauração, entre outros».
Chamam a atenção para a descaracterização de um espaço que faz parte da memória coletiva da comunidade local», sendo que «o atual projeto de qualificação não tem em conta grande parte destes valores. Em termos ambientais, o projeto «prevê a completa devastação de todo o património arbóreo centenário existente». Defendem um « corredor ecológico em contexto urbano. A construção do parque de estacionamento «comporta elevados riscos de estabilidade estrutural para o casario envolvente, incluindo edificações de elevado valor arquitetónico e patrimonial, como as de Arte Nova e de revestimento azulejar.
Contraraia, ainda, as «tendências mundiais e reconhecidas boas práticas de desenvolvimento sustentável de redução da presença e tráfego automóvel nos centros urbanos e a sua descarbonização, devolvendo estes espaços às populações.
Houve tentativas de diálogo mas foram «infrutíferas» e está em curso um «pedido de classificação de interesse público do conjunto arbóreo do Jardim do Rossio ao ICNF, ainda em apreciação, não havendo, até a data, um despacho definitivo» e foram interposto uma ação judicial administrativa urgente e uma Providência Cautelar, «ambas ainda sem decisão».
Segundo o movimento, «apesar de não haver um despacho do tribunal competente, o executivo camarário aveirense adjudicou a obra a um consórcio de empresas, encontrando-se atualmente a aguardar o visto pelo Tribunal de Contas». O movimento pretende que «o máximo número de aveirenses e cidadãos possa subscrever esta carta», através do mail juntospelorossio@gmail.com |