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Investigadoras da UA no livro Mulheres na Ciência
2021/03/08

Seis investigadoras da Universidade de Aveiro estão na edição 2021 do livro “Mulheres na Ciência” que reúne 101 de diferentes gerações e áreas do conhecimento, a lançar esta segunda-feira, dia 8, no Dia Internacional da Mulher, às 11:00h, com transmissão em direto a partir do YouTube da Ciência Viva. O programa está disponível na pagina web da Ciência Viva e conta com a participação do Ministro Manuel Heitor.

Em edições anteriores foram já homenageadas as cientistas Helena Nazaré, Isabel Martins, Ivonne Delgadillo, Mara Freire, Susana Sargento, Célia Ferreira, Florinda Mendes da Costa e Mónica Amorim.

As mulheres cientistas portuguesas representam 45 por cento do total de investigadores no país um papel «fundamental para o progresso que a ciência e a tecnologia nacionais registaram nas últimas décadas».

Vídeo com a as seis distinguidas da UA
https://www.youtube.com/watch?v=2TGz7HOf7UY

Diana Madeira - investigadora do CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, a bióloga marinha tem vindo a desenvolver trabalhos no âmbito das alterações climáticas, com o objetivo de compreender se os organismos marinhos da costa portuguesa conseguem lidar e adaptar-se ao aquecimento oceânico e a eventos climáticos extremos, como ondas de calor. Licenciada em Biologia pela Universidade de Lisboa e doutorada em Química Sustentável pela FCT-NOVA, estuda os mecanismos moleculares e fisiológicos que várias espécies utilizam para se adaptarem. A investigadora pretende assim classificar quais as espécies mais vulneráveis, de forma a melhorar e adaptar a gestão dos recursos marinhos, promovendo a sustentabilidade dos oceanos.

Ana Velosa - investigadora nos campos da conservação e reabilitação de edifícios, dos materiais de construção e da sustentabilidade, tem desenvolvido trabalho fundamentalmente na área da conservação e reabilitação do património edificado, estudando os materiais utilizados ao longo do tempo e preconizando soluções compatíveis em termos de intervenção. “Trata-se de um campo agregador, que necessita de uma intervenção onde forçosamente participam várias áreas do saber, desde a arquitetura e engenharia civil, até à história e arqueologia. A ciência é um elemento chave, quer no estudo dos materiais, quer no desenvolvimento de materiais compatíveis, dado que a compatibilidade é atingida através de características químicas, físicas e estéticas”, explica. A investigadora aplicou esta abordagem em materiais tão diversos como opus signinum de Conímbriga, do século primeiro, e argamassas de revestimento do Teatro Nacional de S. João, do início do século XX. Sendo claro que na maioria dos casos não se consegue replicar os materiais antigos, diz Ana Velosa que é necessário encontrar soluções com características similares...e aí também entra a ciência.

Alexandra Monteiro - especialista em Ambiente diz que a frase “faz o que gostas e nunca terás de trabalhar nenhum dia” pode parecer exagerada, mas percebe-a bem. A seu ver trabalhar em ciência, em especial na área do ambiente, é um privilégio, com motivação acrescida, “porque não só aprendemos e estudamos todos os dias, como aplicamos esse conhecimento na proteção deste planeta que não tem duplo nem igual. E é isto que compensa toda a precariedade associada ao trabalho científico, e que nos move a fazê-lo sem lhe chamarmos trabalho.”. A sua área científica, em particular a poluição do ar, tem sido alvo de grande emergência científica ao ser definida pela OMS como um dos maiores riscos ambientais para saúde publica. Foi a identificação deste problema que fez o conhecimento científico avançar tanto nesta área, pronto a suportar a estratégia política e atuação do cidadão. O grupo de investigação em que se insere tem sido um exemplo neste avanço, ao usar modelos matemáticos para melhor compreender e prever o estado da atmosfera em termos de qualidade do ar. Este reconhecimento feito pela Ciência Viva veio trazer mais motivação, mas também maior responsabilidade, no trabalho futuro.

Iola Duarte - doutorou-se em Química pela Universidade de Aveiro e especializou-se no estudo do metabolismo celular através da metabolómica baseada em espetroscopia de Ressonância Magnética Nuclear. Detetar e caracterizar as variações nas pequenas moléculas que são utilizadas e produzidas pelas células (metabolitos), relacionando-as com diferentes processos biológicos é o desafio central do seu trabalho, que procura abraçar em equipas e projetos interdisciplinares. Atualmente, a atividade de investigação de Iola Duarte foca-se em três linhas principais: i) reprogramação metabólica das células do sistema imune inato na inflamação crónica, ii) oncometabolismo e interações metabólicas no microambiente tumoral, iii) atividade anti-cancro e imunomodulatória de fitoquímicos e nanomateriais. A Investigadora Principal do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, Departamento de Química, afirma que a sua maior motivação é tentar contribuir para avanços no conhecimento na área da Bioquímica que possam vir a traduzir-se em benefícios para a saúde humana.

Sandra Soares - doutorada pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e investigadora no William James Research Center, do Departamento de Educação e Psicologia, Sandra Soares procura compreender melhor o comportamento humano, pelo estudo das emoções. “As emoções são centrais nas nossas vidas e, no laboratório, temos investigado experimentalmente como emoções positivas e negativas desencadeiam mudanças na fisiologia, na cognição e no comportamento”. Tem trabalhado na investigação experimental com adultos saudáveis e com doentes com psicopatatologia que envolve desregulação emocional, desde as perturbações de ansiedade às perturbações do espectro do autismo. Integra ainda, na sua investigação, uma perspetiva multissensorial na compreensão do comportamento, tendo dedicado muito do seu trabalho a estudar o papel do olfato na fisiologia e cognição humanas. Move-a a vontade de compreender os processos, cruzando disciplinas, e, a partir desse conhecimento, contribuir para melhorar o bem-estar físico e psicológico da população.

Sónia Cruz - investigadora, licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro, iniciou o seu percurso científico na investigação dos mecanismos de fotoproteção de microalgas. Doutorada pela Universidade de Sheffield, e após um pós-doutoramento na Universidade de Cambridge, regressou à UA em 2011 para investigar a capacidade de algumas espécies de lesmas-do-mar incorporarem estruturas vegetais provenientes de algas (cloroplastos). Conquistou recentemente uma bolsa de 2,3 milhões de euros, atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação, para desvendar os mistérios destes animais fotossintéticos. O seu trabalho tem vindo a estabelecer de que forma o cloroplasto, e a fotossíntese em particular, se tornaram essenciais ao metabolismo destes animais. de YouTube da Ciência Viva e contará com a participação do Ministro Manuel Heitor. O programa está disponível na pagina web da Ciência Viva.

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