O parecer da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, constituída por 11 municípios, aponta para «omissões e pontos fracos a corrigir» no Plano de Recuperação e Resiliência.

«Entendemos que têm de integrar o PRR, com um enfoque de urgente prioridade», referindo-se a vários projectos, segundo o documento assinado pelos presidentes das câmaras de Aveiro, Ílhavo, Estarreja, Vagos, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga, Murtosa, Ovar, Anadia e Águeda.

A primeira «omissão e ponto fraco a corrigir» é a falta de financiamento da ampliação do Hospital de Aveiro e qualificação dos hospitais de Águeda e Estarreja cujo «valor previsional do investimento» atinge os 180 milhões de euros. No de Aveiro, pretende-se construir um edifício para a Consulta Externa e outro para o Centro Académico Clínico, além da «qualificação do edificado atual». Os autarcas querem ainda realizar «um estudo de viabilidade de integração dos Hospitais de Ovar e Anadia no Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

O valor mais elevado do investimento desejado é para a Ligação Ferroviária entre Aveiro, Viseu, Guarda e Salamanca, de 1.200 milhões de euros, «fundamental para a competitividade das exportações e redução da pegada ecológica.

O objetivo é a «integração na rede ferroviária europeia, com um troço novo entre Aveiro e Viseu, e a utilização do traçado da Linha da Beira Alta entre Mangualde e Guarda, saindo para Espanha por Vila Franca das Naves».

Também não constam os «acessos a áreas de Localização Empresarial de Anadia, Oliveira do Bairro e Murtosa com um «valor previsional do investimento» de 77 milhões de euros.

Na defesa da orla costeira em Ovar, Ílhavo e Vagos, tendo em conta as alterações climáticas, e para a Região e Ria de Aveiro, os 11 municípios querem investir na promoção da náutica desportiva e de recreio, ativando as Estações Náuticas. O orçamento do investimento atinge os 200 milhões de euros.