A empreitada de «remediação ambiental» da vala hidráulica de S. Filipe, na União de Freguesias, tem um orçamento de 6.642.921,17 euros com um apoio financeiro da União Europeia, de 5.646.482,99 euros, segundo o ERASE – Agrupamento para a Regeneração Ambiental dos Solos de Estarreja, A.C.E.

A obras terá início durante o primeiro trimestre deste ano junto do complexo químico de Estarreja e prolongar-se-ão, faseadamente, até ao final da Vala de S. Filipe, na zona da Póvoa. O prazo de execução é de cinco meses.

Segundo o plano serão removidas as «terras contaminadas da vala de S. Filipe e o seu total empedramento e, ainda, a remoção e reposição de novas terras nas faixas laterais dos prédios rústicos que a marginam, numa largura de aproximadamente 5 metros e, em alguns desses prédios, numa extensão máxima de 50 metros».

O projeto ERASE foi iniciado em 1994, com o objetivo de «reduzir os efeitos ambientais relacionados com os resíduos industriais depositados no Complexo Químico de Estarreja, suspendendo a contaminação dos solos e águas subterrâneas (resultante do processo de lixiviação), recuperando ambientalmente as zonas envolventes».

A «remediação ambiental» da vala de S. Filipe complementará a Fase I do Projeto Erase, de 2006, em que «300 mil toneladas de resíduos, antes depositadas a céu aberto no CQE, foram removidas e confinadas na Estrutura de Confinamento, numa estratégia de remediação ambiental que veio reduzir muito significativamente a contaminação dos solos proveniente de 50 anos de atividade da indústria química pesada».