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UA cria teste à saliva que dispensa a zaragatoa
2021/01/28














Um kit de saliva e um teste de saliva ultrassensível e altamente reprodutível para a Covid-19 foi desenvolvido por investigadores do laboratório de Medicina do Genoma do Instituto de Biomedicina (iBiMED) da Universidade de Aveiro (UA) e segundo o Vice-reitor da Investigação, Inovação e 3º Ciclo, Artur Silva, «é agora necessário e urgente a validação do método pelo INSA para se poder colocar ao serviço da população portuguesa».

O novo teste «elimina o desconforto e a pesada logística da colheita de amostras com zaragatoa», segundo comunicado da UA. O mesmo comunicado adianta que a Food and Drug Administration (FDA), autoridade reguladora da saúde dos Estados Unidos da América «aprovou o uso de kits de saliva para a testagem de SARS-CoV-2 e vários laboratórios Europeus já os usam na rotina de testagem». Sobre o teste desenvolvido na UA, «confirmou-se que a saliva pode igualmente ser usada na deteção de SARS-CoV-2 sem perda de sensibilidade».

Segundo o coordenador do Laboratório de Medicina do Genoma e diretor do iBiMED da UA, Manuel Santos, que coordenou este projeto de investigação colaborativa, o novo teste representa um avanço significativo no controlo da Covid-19 por permitir a realização de testes na comunidade, de modo simples, a baixo custo, e fácil automação do processo laboratorial, possibilitando assim escalar o número de rastreios diários.


Manuel Santos, afirma ainda que «o Kit de saliva desenvolvido pela empresa Muroplás também é útil para a recolha de amostras para a vigilância genética das variantes do coronavírus SARS-CoV-2, que o laboratório de Aveiro também avalia através de um projeto de investigação da Covid-19 financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)».


INFO UA
«O trabalho resultou de uma parceria entre a UA, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV-Santa Maria da Feira), o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV-Aveiro), o Centro Médico da Praça de São João da Madeira e a empresa nacional de engenharia de plásticos Muroplás, especializada no setor médico-hospitalar e com sede na Trofa.

Utiliza a robusta tecnologia de RT-PCR existente nos laboratórios nacionais, simplifica a automação dos processos laboratoriais, baixa o custo e facilita a testagem comunitária (lares, escolas, empresas, etc.).
A saliva é o principal veículo de transmissão do SARS-COV-2 – usamos máscaras para impedir a transmissão através de gotículas de saliva -, o que torna a sua colheita de fácil execução no domicílio ou no local de trabalho sem recurso a profissionais de saúde.

Para além das vacinas, os rastreios comunitários em larga escala, acompanhados de quarentena seletiva dos casos positivos são a única estratégia de controlo efetivo da Covid-19, sem confinamento da população. Contudo, a complexidade e os elevados custos envolvidos, em particular a necessidade de treinar e mobilizar profissionais de saúde para a testagem com zaragatoas, bem como os gastos associados a material de proteção individual, criam constrangimentos significativos à massificação dos rastreios.
Os investigadores da UA contornaram tais dificuldades substituindo a colheita efetuada com zaragatoa nasofaríngea por uma colheita de saliva. Com a colaboração do CHEDV, CHBV e Centro Médico da Praça, foi validado um novo método de RT-PCR altamente sensível e reprodutível, que permite testar em paralelo um grande número de amostras de saliva a baixo custo.

Em parceria com a empresa Muroplás, de engenharia de plásticos para o setor médico-hospitalar, foi desenvolvido um novo kit para a colheita de saliva, que pode ser enviado pelo correio ou outro meio para os laboratórios.

Artur Silva, indica que a situação enorme desafio que o país enfrenta desde março de 2020, responsabiliza todos na procura de novas soluções. Assim, a UA, atenta a estas necessidades, colocou ao serviço da população e da comunidade os recursos habitualmente destinados à investigação, em especial a realizar testes de rastreio do SARS-CoV-2. Contudo, a situação de pandemia, afirma o responsável, levou os investigadores a aplicarem-me fortemente na procura de novos testes de rastreio, de baixo custo, e fácil automação laboratorial, possibilitando assim escalar o número de rastreios diários».

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