2020/12/29 A “Célula dos Motoristas” do PCP de Aveiro considera “estranho” o "acordo de gestão da AveiroBus", celebrado entre a Câmara Municipal de Aveiro e a Transdev, cujas contrapartidas desconhece, que, segundo os comunistas «vai além do já previsto no Programa de apoio à Redução Tarifária (PART) e do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) ao introduzir uma verba de 700 mil euros e suportar os aumentos dos tarifários de 2020 e 2021”.
Para o PCP, «é inconcebível que se continuem a financiar privados, que não oferecem serviços adequados à população, que em vez de aumentarem a oferta de carreiras reduzem-na». Concluindo, a remunicipalização dos transportes públicos «é uma necessidade urgente».
A “célula” diz no comunicado que «atualmente, o preço do quilómetro (combrado opela Trandev) aumentou 120%, o PART e o PROtransP comparticipam com cerca de 1 milhão de euros, do caderno de encargos da Câmara Municipal sai mais 1 milhão de euros anuais e agora vem injectar ainda mais 700 mil euros, o investimento total ronda os 3 milhões de euros anuais, valores pagos pelos utentes e contribuintes».
Mas o serviço não corresponde uma vez que a Transdev «usufrui do Lay-off, mas pagou salários com três meses de atraso e preza pelo atropelo aos direitos dos trabalhadores, não garante escalas de serviço dignas que permitam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar e não cumpre o Contracto Colectivo de Trabalho». Em simultâneo, «a pressão psicológica sobre os seus trabalhadores é uma constante». |