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É desconhecido o número de vítimas de violação
2020/12/27

Ficou em prisão preventiva o homem de 24 anos que o Departamento de Investigação Criminal de da Aveiro Polícia Judiciária deteve por «fortes indícios da prática dos crimes de abuso sexual de crianças, de violação e de pornografia de menores, dos quais foram vítimas várias crianças de idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos», informou este domingo a PJ.

A Judiciária encontrou na casa do suspeito «milhares de conversações em que «as crianças aparecem desnudadas, com plena exibição e manipulação de zonas corporais intimas».

A Polícia ainda não sabe o número de vítimas. «A investigação vai prosseguir no sentido de tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos».

Segundo a PJ, todos estes ficheiros foram «obtidos pelo arguido com recurso a um perfil de utilizador fictício, usando um nome e uma atraente foto de um jovem que não lhe correspondem. Os envios iniciais por parte das vítimas foram de livre vontade, na sequência do convencimento pelo arguido nesse sentido, passando depois ele a coagi-las, sob ameaça de divulgação dos conteúdos digitais que tinha na posse, quando elas começaram a recusar fazer os vídeos e as fotografias que ele as instava a enviar-lhe».

Inúmeras vítimas A investigação da PJ vai «prosseguir no sentido de tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos e da realização de perícias forenses de informática».

Pandemia aumentou crimes em ambiente digital
A PJ ressalva que que não há um balanço definito, mas relativamente a 2020 «existe a perceção, comungada por estruturas internacionais como a Interpol e a Europol, que a realidade pandémica fez aumentar a ocorrência de crimes, em ambiente digital».

Por isso, segundo a Judiciária, «é da maior relevância sublinhar a importância preventiva de promover comportamentos que diminuam as situações de exposição das vítimas, em ambiente digital e nas redes sociais».

A PJ defende a «repressão deste tipo de fenómeno» com «articulação interinstitucional, bem como a partilha de informação e a sinalização precoce das situações, em ordem a uma resposta especializada, em matéria de investigação criminal, que permita a tomada de decisões adequadas, pelas Autoridades Judiciárias competentes, no âmbito do processo penal».

Em 2020, a Polícia Judiciária «divulgou, para efeito de prevenção criminal, cerca de uma centena de situações de detenção, ocorridas no âmbito da criminalidade sexual, tendo como vítimas crianças e jovens». Acrescenta que, «embora a maioria destas situações ocorram em contexto de proximidade, entre a vítima e agressor, aproximadamente um quinto dos casos investigados, que justificaram detenções, envolveram a apreensão de pornografia infantil e, frequentemente, os conteúdos pornográficos apreendidos incluíam imagens intimas, facultadas pelas vítimas, induzidas em erro ou coagidas, pelos abusadores sexuais».

A Polícia Judiciária implementou espaços «adequados – em todas as Diretorias e Departamentos de Investigação Crimina da Polícia Judiciária, de norte a sul do país, incluindo regiões autónomas – em estreita articulação com a APAV e beneficiando de apoios financeiros comunitários, para interlocução especializada com vítimas particularmente vulneráveis, designadamente crianças e jovens vítimas de crimes sexuais».

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