2020/12/22 O Bloco de Esquerda quer conhecer as contrapartidas do «apoio extraordinário de 700 mil euros a pagar à Transdev (concessionária do serviço de transporte público em Aveiro) para manter a operação em tempo de pandemia», diz o partido em comunicado. O BE pede esclarecimentos «especificamente na redução do valor do passe e no aumento da oferta de transportes, que é o objetivo do financiamento proveniente dos programas PART e PROTransP».
Segundo o comunicado, o apoio será «financiado com verbas do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e com verbas próprias da autarquia».
Os bloquistas adiantam que apresentaram um requerimento à CIRA «para que fosse divulgado o valor que a entidade está a transferir para a operação regular da Transdev na região. Em resposta, a CIRA revelou que tem em curso um pagamento de outros 700 mil euros, desta feita à operação dos privados na região nos últimos 4 meses».
Enquanto isso, segundo os bloquistas, «a concessão reduziu o número de carreiras e piorou o serviço, no entanto a empresa tem sido premiada com investimento público». Contabilizando, a autarquia «paga uma renda anual superior a um milhão de euros, pagará o novo ferry e o arranjo das paragens de autocarro e fundos comunitários têm garantido a compra de autocarros.
Acrescenta que a Trandev «falha mais uma vez às necessidades da população, com autocarros lotados e passageiros a não embarcar por falta de lugares nos autocarros mas a resposta é novamente mais investimento público».
O Bloco de Esquerda reafirma a sua posição pela remunicipalização do serviço público de transportes. |