O PCP de Aveiro considera que o orçamento e plano da Câmara Municipal para o próximo ano é «irrealista», segundo comunicado do partido, e a sua apresentação uma «falta de respeito» feito em conferência de imprensa antes de chegar à reunião do executivo e, na Assembleia, por ser votado antes do debate dos impostos a cobrar em 2021.

Dizem ainda que «foi extremamente reduzida a possibilidade de intervenção da Assembleia Municipal, a qual, neste caso, se limitou à aprovação ou rejeição das propostas da maioria da Câmara, sem poder alterar seja o que for».

Quanto à apresentação aos jornalistas, foi feita «em termos finais e definitivos, sem qualquer ressalva, de um documento que ainda não tinha sido aprovado pela Câmara e muito menos pela Assembleia Municipal». Para o PCP, foi uma «alta de respeito seja pelo órgão a que preside e pelo órgão que o fiscaliza».

O orçamento é classificado pelos comunistas de «irrealista». Justificando, o PCP diz que «na ata da reunião de Câmara de 15 de outubro, as receitas acumuladas registadas situavam-se em 47, 1 milhões, menos 30 milhões que o orçamentado”, contabiliza o PCP em comunicado. Com receitas de 60 milhões em 2020, uma visão otimista, para o PCP, os «87 milhões que dizem vir a arrecadar representam uma miragem que tornam inverosímil a realização de uma grande parte dos projetos» do plano para 2021.

Por isso, o PCP conclui que em 2021 «será feita alguma coisa do que está previsto, mas será muito menos do que o que consta nas Grandes Opções do Plano. O que não vai falhar, por defeito, será o montante resultante da enorme carga de taxas e impostos que incidem sobre os aveirenses».