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Aves vítimas de lixo da pesca
2020/10/26

Durante 10 anos, entre 2008 e 2018 foram analisadas as 2918 aves marinhas de 32 espécies que deram entrada no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do ECOMARE, na Gafanha da Nazaré, e entre as «causas de admissão das aves – entre elas, captura acidental, trauma, emaciação, doença ou intoxicação – quase 6,9 por cento (201 aves) traziam sinais de emaranhamento».

Mas o número real pode ser muito superior. A coordenadora da investigação diz que «não é possível quantificar o número exato de aves enredadas na costa centro, muito menos no total da costa nacional, mas podemos dizer que será certamente muito superior aos 6.9 por cento (201 aves) apresentado no estudo».
Um cenário que os biólogos dizem ser “preocupante”. Rute Costa, coordenadora da investigação, diz que “os valores apresentados neste estudo mostram claramente o impacto deste tipo de lixo nas aves marinhas e a importância para que o cenário encontrado seja modificado”.

Para diminuir o número de aves afetadas pelos materiais de pesca «é necessária mais fiscalização por parte das autoridades» e «mais esforços na consciencialização de pescadores principalmente para que os materiais particularmente perigosos, como resíduos de equipamentos de pesca, sejam eliminados de forma segura».

Daquelas 201 aves, 82 por cento dos casos referem-se a materiais relacionados com a pesca como anzóis, linhas e redes.

Durante uma década, um grupo de biólogos da Universidade de Aveiro (UA) estudou as causas de ferimentos e morte de milhares de aves feridas que entraram no centro de reabilitação de animais marinhos que atua na costa centro de Portugal. Concluíram que o «lixo marinho, principalmente o material descartado ou perdido com origem em atividades piscatórias, tem consequências severas para a conservação das aves marinhas».

Mas os biólogos dizem que os números «estão muito aquém da realidade. Como só conseguimos contabilizar os animais emaranhados que conseguiram dar à costa ou sobreviveram o tempo suficiente para chegar à costa, o problema está consideravelmente subestimado”, aponta Rute Costa, bióloga do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, uma das unidades de investigação da UA.

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