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Inovação alimentar - alunas da UA vencem concurso
2020/10/21

Adelaide Olim, do Mestrado em Biotecnologia - Ramo Biotecnologia Alimentar, e Bárbara Vitoriano, do Mestrado em Design, estudantes da Universidade de Aveiro (UA) conquistaram no passado dia 18 o prémio Ecotrophelia Europe, entre concorrentes de 13 países, com o OrangeBeeee, um «prémio europeu que se autointitula a “Liga dos Campeões da inovação alimentar”», e atribui um prémio de 4 mil euros, segundo comunicado da UA.

«Deram um grande contributo para a paisagem alimentar da próxima geração», disse o presidente do júri do prémio Ecotrophelia Europe, Christoph Hartmann (Nestlé Research Center, Suiça), no comentário final sobre a equipa vencedora.
Antes, em setembro, o OrangeBeeee conquistou o direito de representar Portugal na final europeia, no concurso nacional, entre16 equipas com 63 estudantes e 14 instituições de ensino superior.
A edição portuguesa é dinamizada pela PortugalFoods desde 2017.

O desenvolvimento do OrangeBeeee teve a mentoria dos professores da UA Manuel António Coimbra e Elisabete Coelho, do Departamento de Química (DQ) e Laboratório Associado para a Química Verde - Tecnologias e Processos Limpos (LAQV-REQUIMTE), e Cláudia Albino, do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) e Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura (ID+).
Foi constituída uma equipa interdisciplinar, de Design e Química Alimentar.

São parceiros as empresas Yacon Portugal, Beesweet, Gertal e Sonae MC, e o apoio da Market Access, Ivity Brand Corp e Patentree.

O objetivo é «chegar ao mercado», mas Bárbara Vitoriano reconhece «que ainda há muito trabalho pela frente, nomeadamente, ao nível do melhoramento do produto e dos contactos com a indústria e da captação de investidores».

Hábitos responsáveis, redução do desperdício na indústria alimentar, como a casca de laranja, água de cozedura de leguminosas e raízes de yacon), são vantagens e apresenta-se em «embalagens colecionáveis de cartão reciclado contêm informação educativa narrada por personagens que, de forma lúdica, esclarecem os consumidores sobre os ingredientes dos produtos».
É um produto com 89 kcal, rico em fibra e sem gordura, uma «alternativa totalmente sustentável que tem cabimento em qualquer mercado» segundo a estudante.

INFO UA
Bárbara Vitoriano e Adelaide Olim desenvolveram um preparado fermentado de aquafaba, isto é, água de cozedura de leguminosas, com uma camada de geleia de laranja, polvilhado com pólen apícola. As leguminosas usadas são o grão de bico, feijão vermelho e feijão preto, as mais comuns na dieta mediterrânica. Em cada embalagem, o pólen apícola está na zona superior e encontra-se embalado numa película de plástico biodegradável à base de amido da batata, proveniente de subprodutos da indústria da batata frita, resultantes do projeto de copromoção “Potatoplastic”. No momento do consumo, o pólen é usado para polvilhar o produto. A ideia é misturar e envolver todas as texturas e sabores.

No preparado foi também utilizado yacon, um produto ainda desconhecido pela maior parte da população portuguesa, dado que se trata de uma planta originária da Cordilheira dos Andes, já cultivada entre as serras da Estrela e do Caramulo pela empresa Yacon Portugal, cujas folhas e tubérculos são consumidos na forma natural em diversos países da América Latina. É uma fonte vegetal com um teor elevado de frutooligossacarídeos (FOS), com atividade prebiótica, que promove o desenvolvimento das bactérias benéficas do trato gastrointestinal.

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