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Sensor deteta precocemente bivalves contaminados
2020/10/07

Um sensor célere para controlo microbiológico de bivalves em todo o país - o projeto SEEBug está a ser desenvolvido no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), sob coordenação de Catarina Marques e co-coordenação de Amadeu Soares, e «pretende ser uma ferramenta para todos os agentes da fileira da pesca de bivalves», segundo comunicado.

O objetivo é desenvolver e aplicar sensores SEEBug «de largo espetro e específicos, capazes de detetar precocemente a contaminação de bivalves por bactérias patogénicas, mediante os limites legalmente impostos». o CESAM diz que a ferramenta «não pretende substituir as atuais análises regulamentadas para avaliação do estado de contaminação dos bivalves, mas sim um complemento para minimizar prejuízos mais significativos a jusante».

Atualmente, diz o comunicado, «os métodos de rastreio microbiológico regulamentados e aplicados, ainda que sensíveis e fidedignos, fornecem resultados 2 a 3 dias após a colheita dos bivalves. Este hiato de tempo é o suficiente para infligir danos significativos do ponto de vista económico, social, ambiental e da saúde pública».

Será desenvolvida a aplicação SEEBug para telemóvel «com base em algoritmos de inteligência artificial, com o intuito de gerar uma tecnologia de baixo custo, de fácil aplicação e ambientalmente sustentável, que possa ser utilizada pelos operadores da fileira da pesca de bivalves, desde os Pescadores aos vendedores finais».

O CESAM adverte que «os locais de produção dos bivalves são frequentemente afetados por contaminação fecal de origem humana e/ou animal, o que promove a acumulação de bactérias patogénicas nestes organismos filtradores. Tendo em conta que os bivalves são muitas vezes consumidos vivos, a necessidade de aplicar sistemas de controlo que garantam a segurança alimentar e previnam impactos negativos na saúde dos consumidores, é de extrema relevância».

INFO CESAM
A produção de bivalves em Portugal tem vindo a aumentar substancialmente, liderando os rankings de comercialização de moluscos em algumas zonas de produção nacional, pelo que o seu impacto económico no mercado interno e de exportações é cada vez mais relevante.

O projeto SEEBug, idealizado e conceptualizado pela investigadora CESAM e do Departamento de Biologia (DBio) da UA, Catarina R Marques e encontra-se sob sua coordenação com a colaboração do Professor Amadeu MVM Soares (CESAM e DBio, UA) como co-coordenador. O projeto está a ser desenvolvido no seio de uma parceria entre investigadores do CESAM e do Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA), juntamente com o apoio da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA), da DOCAPESCA – Portos e Lotas, S.A, assim como de vários agentes da fileira da pesca de bivalves em todo o país. Deste modo, a transferência de conhecimento entre Cientistas e Pescadores será maximizada pelas sinergias fomentadas através desta colaboração, promovendo assim o desenvolvimento de uma ferramenta SEEBug, pensada e passível de ser aplicada por todos.

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