2020/05/23 O primeiro parágrafo do comunicado do PS de Aveiro difundido esta sexta-feira é directo para a maioria PSD-CDS, liderada pelo presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, sem o mencionar: «Há fome de pão, fome de apoio à inclusão, fome de proximidade com todos sem excluir ninguém, nos bairros sociais, nas freguesias fora do núcleo urbano, em setores-chave para a retoma mesmo em tempos de pandemia».
O problema tem-se mantido ao longo do tempo porque «todos os dias emergem novos pedidos de apoio à recuperação de negócios, de apoio ao comércio local porque as isenções não são suficientes, são uma ajuda importante, mas pontual; é preciso produzir, ter clientes, transacionar», diz o PS.
O comunicado do PS também não critica diretamente Ribau Esteves, que tem referido, em plena pandemia, a intenção de avançar com as obras previstas, mas os socialistas dizem que «a fuga para a frente não é solução para nada e olhar para o que se passa no mundo como um intervalo na normalidade não será a melhor política, como, aliás, as pessoas vão analisando a propósito de líderes internacionais (no Brasil, Inglaterra ou Estados Unidos, por exemplo) que avaliam com superficialidade ou mero proveito mediático as causas,efeitos e medidas para colmatarem o problema».
Sobre a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura defende a «recuperação a programação cultural de Aveiro e dos aveirenses, a produção cultural local, uma estratégia de emergência coesa, alicerçada no legado histórico e nos recursos de Aveiro que vise tornar o município um centro de referência que se quer trabalhar viver, apoiar as coletividades e reforçar a contribuição da Universidade de Aveiro para atividades úteis à agenda cultural».
O PS quer ainda «reforçar o papel das atividades económicas tradicionais na produção cultural, relançar a FARAV, fomentar um'Parque da Vida Cultural', um espaço onde se promova a vivência da cidade com comércio tradicional dinâmico, arte pública, atividade desportiva e convívio». Aprova as decisões que «favorecem a requalificação de equipamentos, infraestruturas, nos projetos que, respeitando as minorias e garantindo a equidade e a justiça, inclusive a justiça social, apontam para a melhoria da qualidade de vida dos aveirenses».
Quanto ao apoio às associações em 2020 deve passar pelo Conselho Municipal do Associativismo, pela Comissão de Avaliação independente; os critérios devem ser «discutidos, objetivos e claros, devendo os relatórios ser de divulgação pública». Nesta pandemia deve haver um «apoio extraordinário, idealizado com base na equidade, transparência, sem conversa rebuscada ou procedimentos em “vão de escada” segundo o princípio de dividir para reinar ou,desejamos que não, como política de terra queimada – este ano aperta-se e para o ano,em ano eleitoral (não vão as Associações esquecerem-se?!), abrem-se os cordões à bolsa para favorecimento eleitoralista».
E deixa um aviso: «O que não respeitar estes princípios fundamentais da democracia (formal e informal) ou vier com fins propagandísticos ou de favorecimentos parciais terá no PS oposição determinada em todas as frentes. Defendemos a política como serviço público e não como profissão». |