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Foi criado um radar que identifica emoções
2020/02/03

Um radar que consegue identificar três emoções: o medo, a alegria e um estado neutro, «quando nenhuma emoção em particular está a ser sentida», foi desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) usando apenas sinais vitais detetados à distância e os investigadores têm a expetativa do o usar na medicina, investigação criminal ou no ramo automóvel, designadamente.

Numa fase seguinte serão identificadas as emoções de nojo e tristeza. Espera-se que, entre outros objetivos, seja uma «ajuda importante na saúde mental». O nojo e a tristeza serão identificadas «num futuro próximo» detetando o sinal cardíaco com o radar, segundo a investigadora Carolina Gouveia, do Instituto de Telecomunicações (IT), unidade de investigação da UA.

Segundo comunicado da UA, o «radar das emoções funciona através do envio de uma onda rádio que é refletida pelo tórax da pessoa monitorizada. Este eco recebido de volta pelo aparelho permite monitorizar o ritmo respiratório. Através deles, e com recurso a algoritmos de classificação, o radar pode identificar emoções».

Criaram este radar equipas do IT, do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da UA, do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, do Departamento de Educação e Psicologia, do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, do William James Center for Research e do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), sendo que o trabalho foi publicado pela revista Biomedical Signal Processing and Control da Elsevier. Segundo o comunicado da UA, esta investigação é assinada por Carolina Gouveia, e também por outros investigadores da UA e dos demais centros de investigação, entre eles Ana Tomé, Filipa Barros, Sandra Soares, José Vieira e Pedro Pinho.

O radar das emoções «nasce de novas aplicações desenvolvidas e instaladas no Bio-Radar, um radar nascido em 2017 na UA e que, através de ondas rádio, permite registar à distância a frequência respiratória humana».

A principal vantagem desta nova tecnologia é o facto de possibilitar a recolha de sinal «sem ser necessário contacto direto com as pessoas, o que facilita a obtenção de medidas objetivas». Sobretudo, sublinha Filipa Barros, «nos contextos de saúde mental, onde este tipo de medida é frequentemente difícil de obter e em muito enriqueceria a avaliação, diagnóstico e controlo da eficácia da intervenção».

Detetar emoções «de forma discreta» e uma ajuda importante na saúde mental
O radar pode ser utilizado discretamente, permitindo avaliar a atividade fisiológica de uma forma «mais autêntica e fiel à realidade. Estas características são particularmente vantajosas em determinados cenários, nomeadamente quando a avaliação envolve crianças ou populações clínicas com dificuldades de comunicação ou comportamentais».

O radar é não-invasivo e na prática, concretamente em contexto clínico, «poderá constituir um meio complementar de avaliação, diagnóstico e monitorização de algumas perturbações que têm associadas alterações fisiológicas e poderá ser especialmente relevante quando nos referimos a populações em que a avaliação destas alterações seria dificultada, como é o caso da hipersensibilidade ao toque ou da Perturbação do Espetro do Autismo», segundo Filipa Barros

Pode ainda ser utilizado, «em muitos outros contextos, como no da investigação criminal ou no ramo automóvel (de forma a evitar acidentes derivados da automaticidade associada à condução)».

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