2020/01/23 Um individuo de 19 anos de idade foi detido por abuso sexual de crianças e de pornografia de menores, e foi encontrado na posse de milhares de ficheiros multimédia – imagem e vídeo – de crianças em práticas sexuais explícitas.
Segundo o Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Polícia Judiciária, o suspeito “conhecia os menores na sequência da interação proporcionada pelos videojogos jogados na Internet, principalmente os multijogadores do conhecido Fortnite”.
Ficou sujeito a apresentações diárias às autoridades, proibição de usar equipamentos informáticos com acesso à Internet e obrigação de se sujeitar a tratamento psiquiátrico, em instituição adequada
A investigação vai continuar para «tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos e da realização de perícias forenses de informática.” O suspeito desenvolvia «este seu comportamento predatório” em sua casa, em Salvaterra de Magos. Numa busca domiciliária, foram apreendidos telemóveis e diverso material informático, designadamente computadores e discos de armazenamento externo.” Os ficheiros, «para além de servirem a própria satisfação sexual do suspeito, eram também partilhados por ele com outros internautas”.
A PJ acrescenta que «privilegiando os contactos com os mais jovens, interagia depois com eles individualmente através da aplicação WathsApp e das redes sociais Facebook e Instragam. Criada esta relação de proximidade, instava os menores a filmarem-se com o telemóvel enquanto praticavam atos sexuais de relevo, vídeos esses que depois as crianças lhe enviavam através daquelas plataformas de comunicação». Segundo descrição da Judiciária, “tais ficheiros, para além de servirem a própria satisfação sexual do suspeito, eram também partilhados por ele com outros internautas. Por outro lado, para ocultar e dissipar o rasto digital da sua atividade delituosa, criava e enviava instruções aos menores, ensinando-lhes a apagar quer a gravação dos vídeos que lhe enviavam, quer os registos digitais gerados pelas comunicações entre ele e as vítimas».
Na tentativa de ocultar e dissipar o rasto digital da sua atividade delituosa, criava e enviava instruções aos menores, ensinando-lhes a apagar quer a gravação dos vídeos que lhe enviavam, quer os registos digitais gerados pelas comunicações entre ele e as vítimas». |