2019/09/18 O Núcleo de Aveiro do Movimento Democrático de Mulheres repudia o assassinato da Irmã Maria Antónia Guerra de Pinho freira da Congregação das Servas de Maria Ministras dos Enfermos, natural de S. João da Madeira e «exige medidas de combate e prevenção da violência sobre as mulheres, nomeadamente a violência sexual, criando mecanismos de segurança que envolvam forças policiais, tribunais e serviços de saúde».
Foi «assassinada e violada, vítima de um assassino, violador e toxicodependente, que já tinha cumprido 16 anos de pena de prisão por crimes de violação. Estava em liberdade há três meses, mas recentemente já tinha tentado violentar uma jovem», segundo o MDM.
Um crime que, para o movimento, «levanta, entre outros, o problema do acompanhamento social e psicológico de violadores, que saem da prisão».
O MDM refere ainda que, «segundo as estatísticas (PRODATA), em 2017, foram violadas, em Portugal, 183 mulheres, o crime contra as pessoas que mais aumentou em 2017. Uma barbaridade, que atinge fundamentalmente mulheres (no mesmo ano de 2017, foram 20 os homens vítimas de violação) e que entre outras razões, radica na desvalorização do corpo e da dignidade das mulheres, na negação dos seus direitos à autodeterminação sexual, à sua segurança e integridade. Na sua base está uma cultura de cariz machista, que teima em persistir».
O Núcleo pretende ainda «promover e intensificar o combate continuado a estereótipos e preconceitos de género, que ferem os valores humanistas da liberdade e da igualdade». |