Raul Martins anunciou a sua desfiliação do PS e contou uma parte da conversa que teve com o líder do partido, Manuel Sousa: “aproveitei para lhe aconselhar alguma precaução pois os poderes “ocultos” que governam (ou julgam governar) o partido em Aveiro não deixarão de lhe dar o bote quando acharem que poderá embaraçar a evolução das suas "vidinhas" ou uma eventual mudança nos destinos políticos locais (cuja dificuldade é óbvia e exige todo o esforço e dedicação para que muitos não estão disponíveis) o tornarem "descartável".

De resto, diz que a decisão de se desfiliar “nada tem a ver com a forma como (Manuel Sousa) tem dirigido a política concelhia local“.

Raul Martins aponta para três razões para a sua decisão de sair do PS, a “promiscuidade política“, que traduz por um “emaranhado de relações familiares entre membros do Governo“, o “acordo contra-natura, de sobrevivência política“, com o PCP e o BE e a “estratégia económica e social do partido“.