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A estratégia cultural da Câmara para Aveiro
2019/04/03

Aveiro tem um plano para a cultura apresentado esta terça-feira à noite, um documento com 152 páginas, desenvolvido pela Câmara Municipal e a empresa Opium, que pode ser consultado aqui A ”Coordenação Estratégica” é da responsabilidade da Câmara Municipal.

Trata-se do Plano Estratégico para a Cultura do município com uma vigência de 11 anos, de 2019-2030, pretendendo reforçar a sua aposta na implementação de políticas públicas que privilegiem a qualificação da oferta cultural, o incremento de práticas e consumos culturais, a fixação de novos agentes artísticos e criativos no território e o posicionamento da cidade no contexto nacional e europeu O plano é apresentado como um “exercício que teve como “”pano de fundo” a intenção da Câmara Municipal de Aveiro de candidatar a cidade a Capital Europeia da Cultura 2027 cujo processo de preparação decorrerá ao longo dos próximos três anos“.

O site bilingue é um “suporte à pré-candidatura“.

O plano considera a Capital Europeia da Cultura “o maior programa cultural europeu“, que “permite materializar a ambição de Aveiro e gerar uma dinâmica coletiva de participação e capacitação do sistema cultural que, de outra forma, seria inviável ou mais demorada“.

A Câmara Municipal quer posicionar Aveiro como um “ator relevante e propositivo, entendendo o reforço da participação cultural como dimensão central do desenvolvimento urbano e das políticas públicas locais“.

São 12 os objetivos estratégicos do plano: “qualificar e capacitar o sector cultural e criativo; apostar na educação artística; ajustar as práticas do sector aos novos modelos de participação; valorizar as biografias locais; reconhecer o papel da mediação cultural; integrar a cultura nas políticas de desenvolvimento sustentável; dotar os agentes de competências digitais; criar condições para a retenção e atratividade de talento; criar plataformas de comunicação eficientes e eficazes; gerar processos de internacionalização da produção e criação artística; ajustar a oferta de equipamentos e infraestruturas culturais e adequar o modelo de governação aos novos desafios estratégicos”.

Um dos eixos é a valorização do talento criativo dos aveirenses e outro ”integra um conjunto de programas e iniciativas orientados para o aumento da participação cultural dos aveirenses”.

Em termos de obra física, o plano aponta para, entre outros objetivos, um multiusos na área zona do Parque de Exposições e a saída dos serviços da Câmara do Centro Cultural e de Congressos, dando a este espaço as funções que dão o nome ao edifício.

Sobre a oferta cultural ”para que Aveiro seja reconhecida como uma cidade líder a nível nacional em termos culturais, deve ser estruturada num programa coerente, articulado e relevante ao nível da criação artística, da exibição e da sua capacidade de comunicação. Por outro lado, foi também identificada a necessidade de reforço da coesão territorial da produção artística e, também, sinalizados os riscos de excessiva “festivalização” da oferta.

Sobre a procura cultural ”algumas ideias frequentemente enunciadas pelos agentes culturais de Aveiro durante o processo de auscultação relacionam-se com as rotinas culturais pouco generalizadas entre os habitantes, o que significa que haverá um número pouco expressivo de pessoas para as quais o consumo cultural é uma prática frequente. É também apontada a reduzida capacidade para captar e fidelizar audiências não locais para a oferta cultural municipal. Os agentes culturais auscultados destacam ainda o facto de Aveiro não ter tido até há pouco tempo uma estratégia cultural, estável, abrangente e consistente, o que explica, em parte, aquele ponto de vista”.

Entretanto, ”um conhecimento mais aprofundado dos consumos e das práticas culturais em Aveiro está, no entanto, dependente da existência de dados que atualmente não estão disponíveis, pela inexistência de um sistema local de recolha de dados consistente e sistemático. Neste contexto, considera-se particularmente relevante que, futuramente, seja recolhida informação que permita analisar de uma forma multidimensional o consumo e as práticas culturais”.

São 10 os desafios que ”condicionam o desenvolvimento pleno do Sector Cultural e Criativo de Aveiro”:
Desenvolver uma estratégia cultural abrangente, clara e duradoura, partilhada e participada pelo conjunto dos agentes públicos e privados;

Dar escala e consistência ao sector cultural e criativo, promovendo a retenção de talento e a melhoria das condições para a criação artística;

Promover uma maior valorização da identidade, história e memória do território e das suas comunidades, associadas à transformação constante da paisagem e à contínua defesa dos valores da liberdade, da democracia e da abertura ao mundo;

Gerar novos públicos para a cultura e reforçar a participação cultural das populações, promovendo o acesso e a fruição para todos;

Melhorar os mecanismos de comunicação e divulgação da produção cultural e criativa desenvolvida no território;

Estimular o trabalho em rede e potenciar os processos de internacionalização de artistas e criadores;

Contribuir para a sustentabilidade económica do Sector Cultural e Criativo e o seu papel na criação de emprego e riqueza;

Reforçar a relação da cultura com os sectores industriais, tecnológicos e científicos da Região;

Responder culturalmente aos novos desafios do turismo contribuindo para a geração de melhores produtos, serviços e experiências;

Afirmar internacionalmente Aveiro como cidade culturalmente vibrante, atrativa e inovadora

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