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Sistema usa câmaras para medir foco dos alunos
2018/11/21




















Um sistema informático desenvolvido pelos investigadores Daniel Canedo e António Neves, do Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA) pretende monitorizar o foco dos alunos na sala de aula.

O sistema, diz Daniel Canedo, “não tem como objetivo controlar os alunos”, mas ser uma ferramenta para melhorar a performance de estudantes e professores.

É um sistema que usa uma câmara na sala "para captar toda a plateia ao longo da aula. A imagem é enviada continuamente para um servidor que deteta e reconhece as caras dos alunos, previamente registadas no sistema, atribuindo-lhes a identificação real, ou reconhecidas em tempo real, associando um ID virtual a cada aluno. Depois de todas as caras estarem identificadas, o servidor extrai os dados necessários para estimar o foco com que os estudantes estão ao longo da sessão".

O sistema permitirá ao professor saber "em que partes da aula não conseguiu prender o olhar dos alunos e corrigir, na aula seguinte, a prestação".

O sistema não é capaz de estimar a atenção da plateia, mas apenas o seu foco, considerando que a "atenção é algo complicado de se estimar, visto que um participante pode olhar para o orador ou para os conteúdos projetados durante toda a aula, o que indicaria estar atento, mas a sua mente pode estar a divagar noutros pensamentos”, esclarece Daniel Canedo.

“O sistema calcula a pose da cabeça de cada pessoa utilizando um conjunto de características retiradas da face, previamente detetada na imagem, por forma a estimar para onde estão a olhar” assim como a ”deteção dos olhos e posterior estimativa do local para onde estão orientados”, segundo os investigadores.

A forte ligação entre a posição da cabeça e o foco, segundo os investigadores, está estudada pelo Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (Alemanha) e pela Universidade de Carnegie Mellon (EUA) onde cientistas locais indicam que a pose da cabeça contribui em 88,7 por cento para o foco de um participante.

No fim da aula o sistema produz gráficos para cada aluno que demonstram o seu foco ao longo do tempo. Através da análise destes gráficos, segundo Daniel Canedo, “o professor pode perceber em que parte da aula não conseguiu manter os alunos interessados e ajustar os seus métodos de ensino para o futuro”. Em relação aos alunos, “esses mesmos gráficos podem ajudá-los a perceber em que partes da aula estiveram mais distraídos e que matérias lecionadas terão de estudar mais”.

Os investigadores do IEETA pretendem no futuro adicionar mais uma câmara ao sistema, para captar os professores. “Através do cálculo das diferentes poses e gestos que o orador faz durante a aula, acreditamos conseguir estimar a sua performance”, afirma Daniel Canedo.

Para além das aulas, o método desenvolvido na UA poderá entrar em ação em congressos, palestras ou em qualquer outro tipo de acontecimento com público e oradores.

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