2018/08/21 A Quercus Aveiro lançou um apelo às autarquias e às associações de caçadores regionais para que suspendam a caça nas áreas que afetadas pelos incêndios do ano passado.
Segundo aquela associação, nessas áreas "as populações de animais foram dizimadas pelo fogo e os que conseguiram sobreviver têm dificuldades na obtenção de abrigo e alimento. O calor e a seca agravam a situação principalmente para os animais juvenis". É feito um apelo para que seja suspensa "toda a atividade cinegética nas áreas ardidas e nas zonas envolventes, de modo a garantir a preservação das espécies cinegéticas e a conservação das espécies protegidas".
A Quercus considera que a prática da caça nas áreas ardidas não é compatível com a preservação da biodiversidade, pondo em causa a sobrevivência de várias espécies.
A associação apresenta vários exemplos. Como a caça à Rola, "deveria ser iniciada apenas na primeira década de setembro, enquanto para o Pombo-torcaz e os tordos esta deveria terminar na última década de janeiro". Também o período de caça aos patos se sobrepõe ao período de reprodução e de migração pré-nupcial de várias espécies desta família, pelo que a respetiva caça deveria iniciar-se na primeira década de outubro e terminar na segunda década de janeiro. Em relação à Galinhola continua a ocorrer um período de sobreposição de 10 dias com o período migratório pré-nupcial, pelo que a caça a esta espécie deve terminar na primeira década de janeiro". |