2018/06/29 A bancada do PS na Assembleia Municipal de Aveiro tentou esta quinta-feira à noite suspender a ideia-base para o Rossio mas não teve sucesso uma vez que a proposta de recomendação à Câmara foi reprovada com os votos contra do PSD e do CDS. Votaram a favor dos deputados municipais do PS, PCP, BE e PAN.
O socialista Pires da Rosa apresentou a proposta que recomendava a suspensão imediata da ideia base para o estudo prévio a intensificação da promoção da discussão e debate da linha de orientação geral para o estudo prévio para assegurar uma ideia sólida e consensual e, terminada esta discussão, a realização de uma reunião extraordinária da Assembleia.
A reunião desta quinta-feira serviu para a Câmara apresentar a ideia-base. A oposição à maioria PSD-CDS voltou a posicionar-se contra o plano da autarquia, cuja ideia parte da construção de uma praça urbana sem o relvado, servindo de placa para um estacionamento subterrâneo.
Durante o debate, o chefe do executivo, Ribau Esteves, disse que é o estacionamento subterrâneo que divide os que são contra e os que são a favor, uma obra que depende de estudos a realizar. Se os estudos forem favoráveis, o estacionamento avançará, disse.
Quanto ao espaço verde, defende uma obra diferente da ideia-base, com mais relvado e mais árvores e adianta que há soluções que permitem o espaço verde e árvores sob a placa de um estacionamento subterrâneo.
Mas a oposição não quer o plano da maioria. Pires da Rosa disse que está perante um projeto "contra as pessoas e não se pode governar contra as pessoas, vamos suspender isto e repensar, não há pressa". O socialista Francisco Picado disse que a bancada manterá uma "firme oposição" ao plano e sugeriu "recomeçar de novo, não faça disto um processo de um homem só". Da bancada do PS, Raul Martins posicionou-se a favor do parque subterrâneo.
As intervenções da bancada do PSD e do CDS foram de apoio ao plano, mas Rui Alvarenga, do PAN, entre outras questões, denunciou a inexistência de um estudo sociológico dada a relação íntima da população com o Rossio e Filipe Guerra, do PCP, que defende mais debate, denunciou a existência de "interesses inconfessados e do mercado" para o avanço da obra. |