O plano da Câmara de Aveiro para o Rossio não ouviu uma intervenção favorável dos cidadãos na reunião desta sexta-feira à noite da Assembleia Municipal, sendo todas contra, mas os deputados municipais apenas abordarão o assunto na próxima quinta-feira, notando-se da autarquia algumas mudanças relativamente ao anunciado recentemente.

Concretamente, no piso da praça urbana da ideia-base, que a empresa vencedora do concurso de ideias disse que seria em "saibro batido" mas o presidente da Câmara, Ribau Esteves, questionou: "é saibro? não faz sentido, estamos longe de estar nessa fase", ou seja, na escolha dos materiais.

Ribau Esteves também contraria a intenção das árvores serem de folha caduca, preferindo espécies com folha durante todo o ano e mais espaços verdes.

Mas não deu sinais de ceder ao desejo fundamentais das intervenções dos cidadãos que ocuparam todos os lugares sentados, outros assistiam sentados no chão ou encostados às paredes, recusam a praça urbana e a construção do parque de estacionamento subterrâneo, querem manter o relvado e as árvores. Quanto ao estacionamento, Ribau Esteves disse que será construído se for viável tecnicamente e financeiramente.

O plano para o Rossio encontra-se na fase de estudo prévio e Ribau Esteves mantém o processo aberto: "não temos ideias absolutamente definidas", disse.

A reunião contou, fundamentalmente, com as intervenções do público, de Ribau Esteves e a entrega de um abaixo assinado com 2536 subcrições contra o plano para o Rossio. A bancada do PS ainda tentou mudar a ordem de trabalhos mas a maioria do PSD e CDS votou contra. Por isso, a ordem trabalhos manteve-se e a apresentação da ideia-base e recolha de contributos das bancadas partidárias será na quinta-feira.