A perda de dois mandatos em Assembleias de Freguesia e cinco em Assembleias Municipais nas autárquicas «não é separável de uma linha de silenciamento, deturpamento e até caricatura realizada por alguns órgãos de comunicação social», concluiu o PCP.

A análise aos resultados refere ainda que houve «aproveitamento político que algumas forças fizeram da sua posição de poder e à emergência do populismo e demagogia de várias forças políticas que agora se apresentavam – com o seu logotipo ou transvestidos de independentes – como grandes paladinos da defesa das populações, quando nos últimos anos foram cúmplices (quando não obreiros) da perda de qualidade de vida decorrente da privatização da água e da recolha de resíduos, da ausência de uma política de transportes públicos adequada às necessidades, da promoção das desigualdades sociais, entre outros».

Perante os resultados, «são sobretudo as populações dos concelhos em que a CDU vê a sua representação reduzida, particularmente nos casos em que deixa de ter representação, quem mais perde, ao deixarem de contar com o a intervenção directa dos eleitos do PCP, do PEV e dos independentes que integram a Coligação».

Contudo, aponta como positivo a «recuperação de um eleito na Assembleia Municipal de Anadia, e nas freguesias de Angeja/Albergaria-a-Velha, Cesar/Oliveira de Azeméis, Fiães/Santa Maria da Feira, Sangalhos/Anadia (passando de um para dois), São Jacinto/Aveiro (passando de zero para dois), Pardilhó/Estarreja (passando de três para quatro) – freguesia onde, de resto, a CDU fica a 20 votos de ser a força política mais votada».