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Investigação tem um mercado de 30 mil milhões
2017/04/03

Em 2020 serão necessários 30 mil milhões de sensores eletrónicos para objetos do dia-a-dia a conectar a um dispositivo com ligação à internet, através da Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) e uma equipa de investigadores do Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro criou sensores que prescindem de pilhas ou baterias.

Um número que significa, «pelo menos, outro tanto em pilhas e baterias com tudo o que isso representa em gastos energéticos, em poluição ambiental e na limitação de se embutir os sensores nos objetos para que a troca de baterias possa ser feita regularmente», segundo comunicado da UA.

Os investigadores do IT Ricardo Correia, Nuno Borges Carvalho e Felisberto Pereira desenvolveram estes sensores sem baterias, «ao contrário de todos os outros atualmente no mercado, conseguindo isso transformando as ondas de rádio em energia».

Para já, a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) quer esta tecnologia a bordo das naves «para se ver livre das centenas de quilos de cabos de transmissão de dados que existem dentro das naves espaciais e, com isso, economizar peso para outras cargas úteis», segundo o comunicado.

O projeto começou há 3 anos com o objetivo de «desenvolver sensores com taxas de transmissão muito elevadas, precisamente para serem utilizados na IoT».

O objetivo da IoT é «ligar através de sensores eletrodomésticos, meios de transporte, roupa e tudo o resto que a imaginação permitir». O segredo dos sensores sem bateria, «que nasceram para revolucionar a IoT, segundo comunicado da UA, «está no aproveitamento das ondas de rádio, uma fonte de energia inesgotável e presente até os confins do Universo».

Os sensores eletrónicos são «mais pequenos do que a palma da mão, podem ser programados para monitorizarem tudo e mais alguma coisa e a taxa de transmissão de dados já atingiu o gigabit por segundo».

INFO UA «Missão (quase, quase) cumprida»
“Desenvolvemos um sensor que usa uma frequência de rádio para a transferência de dados e outra frequência para a receção de energia que é emitida por transmissores”, explica Ricardo Correia. E os resultados até hoje alcançados são de tal forma promissores que o trabalho de Ricardo Correia resultou já numa parceria entre o IT e a JAXA. A agência quer mesmo utilizar esta tecnologia da UA para se ver livre das centenas de quilos de cabos de transmissão de dados que existem dentro das naves espaciais e, com isso, economizar peso para outras cargas úteis.
Os resultados para já obtidos são bastante promissores, uma vez que os sensores de baixo consumo do IT permitem taxas de transmissão até 1 gigabit por segundo com consumos na comunicação na ordem de picojoule-por-bit. A tecnologia desenvolvida, aponta Ricardo Correia, “apresenta bastantes vantagens quando comparada com um sensor que utilize a tecnologia de Bluetooth que tem consumos na ordem de 10 miliwatts com taxas de transmissão de 1 megabit por segundo o que o torna inferior quando comparado com o sensor desenvolvido neste trabalho”.
O objetivo final do trabalho, que conta também com a participação do investigador do IT Felisberto Pereira, é obter um sensor com uma taxa de transmissão na ordem do gigabit totalmente passivo, ou seja, um sensor que através de transferência de energia sem fios não precise de bateria. Uma meta que, garante Ricardo Correia, vai ser alcançada num “futuro próximo” ».

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