O Bloco de Esquerda apontou nos últimos dias para várias questões direcionando as críticas para a GNR e serviços prisionais e Ministério daJustiça. Esta quinta-feira questionou a «situação insólita» no Comando da GNR de Aveiro dos alunos da Escola Profissional de Aveiro terem actividades desportivas nas instalações do Comando da GNR de Aveiro.

O BE está contra este convívio porque «neste edifício estão, por exemplo, os carros descaracterizados, assim como os carros com os radares que a GNR utiliza. Por estas instalações circulam, como não podia deixar de ser, os elementos da GNR de investigação criminal».

Mas esta relação tem antecedentes. Em 2014 a messe «foi encerrada, sendo instalada de raiz, no mesmo local, uma cozinha pela Escola Profissional de Aveiro e os alunos e professores desta escola passaram a ter acesso livre às instalações do Comando para fazer as suas refeições, fazer desporto e outras atividades perante estupefação dos militares que servem neste comando, até porque o acesso de civis a instalações militares rege-se por regras muito restritas. Em meados de 2015 a cozinha foi desativada.

Pelo que o BE soube, «terá havido uma denúncia anónima junto do Comando central da GNR e a Policia Judiciaria Militar terá realizado diligências para apurar o que verdadeiramente estava a ocorrer».
Os deputados Moisés Ferreira e Sandra Cunha questionaram o governo para «saber o que verdadeiramente aconteceu».

No dia anterior, esta quarta-feira, o BE apontou para a falta de inspetores no Departamento de Investigação Criminal de Aveiro da Polícia Judiciária, a falta de guardas prisionais no Estabelecimento Prisional de Aveiro e a sobrelotação da prisão.

Na segunda-feira, os bloquistas denunciaram em comunicado que o «papel da GNR enquanto força de proximidade foi definitivamente abandonado, para concentrar todos os recursos na caça à multa». A GNR já desmentiu esta atitude.