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Estudo da UA para fazer mais e melhores vinhos
2016/02/08

Uma equipa de investigadores do Departamento de Química (DQ) da Universidade de Aveiro (UA) estudou pela primeira vez, em Portugal, a relação entre o tipo de castas, as características do solo e os fatores ambientais que as envolvem para que os produtores extraiam de cada tipo de casta as potencialidades para o vinho que querem produzir, segundo comunicado da UA.

O interesse dos produtores na investigação de Sílvia Petronilho, no âmbito do doutoramento em Química sob orientação científica dos professores Manuel Coimbra e Sílvia Rocha, «cresce de dia para dia». Em curso, estão já a ser estabelecidas parcerias com produtores de várias regiões demarcadas do país para a aplicação do conceito de qualificação e valorização das castas na produção de vinhos brancos, tintos e rosés.

«Ganha o produtor, que tem menos encargos com o processo tecnológico, ganha o consumidor, que bebe um vinho com menos coadjuvantes enológicos adicionados, e o ambiente, pela diminuição da necessidade do uso de químicos na vinha e no lagar».

Resulta um vinho produzido com menos custos no processo tecnológico e sem excesso de coadjuvantes enológicos.

A investigação está em curso na Unidade de Investigação de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) do DQ possibilitando o acesso a uma ferramenta destinada a «fortalecer o setor vitivinícola em Portugal, criando oportunidades para alcançar mercados mais exigentes, que primam pela qualidade e diversidade em detrimento da quantidade e da homogeneidade», segundo Sílvia Petronilho,

Usando esta ferramenta, primeiro o produtor «pensa no vinho que quer obter, definindo-lhe o aroma, a cor ou a adstringência que deseja tendo em conta determinado mercado, seleciona as castas, a localização geográfica da vinha, cujas características do solo, da topografia e do clima permitirão aos produtores obter o néctar desejado com o mínimo de processamentos químicos».

O trabalho estudou sete castas, brancas e tintas, durante três anos em vários tipos de ambientes e localizações. Para já, está circunscrito para àherdade do Campolargo da Região Demarcada da Bairrada, mas pode ser extrapolado para qualquer zona de produção vinícola nacional. Contudo, diz que «o estudo tem que atender às especificidades características da cada região, pois as condições das vinhas na Bairrada são completamente diferentes das vinhas por exemplo do Douro ou do Alentejo».

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