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Simulação da dispersão das lamas tóxicas
2015/12/08

Um trabalho do investigador Martinho Marta Almeida, do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, simula a dispersão das lamas tóxicas do Rio Doce, no estado brasileiro de Minas Gerais, que resultou de uma enorme onda de lama descarregada devido à ruptura de uma barragem de resíduos de um complexo mineiro.

A investigação ajudar as autoridades no esforço de limpeza e contenção da corrente de lama que nos últimos dias começou a atingir o Oceano Atlântico

Martinho Marta Almeida criou uma simulação numérica da dispersão dos resíduos no oceano e as previsões mostram uma larga região costeira afetada.

A linha costeira entre a foz do Rio Doce e a cidade de Vitória, a capital do estado de Espírito Santo, e ao longo de 100 quilómetros, é «um alvo da maré de lama que continuará a deslocar-se bem mais para sul a poucos quilómetros da costa. Estas previsões são feitas desconhecendo a variação temporal da descarga do rio e da concentração de poluentes na pluma (interação de massas de água do rio de diferentes densidades com o oceano) cujos valores são assumidos como unitários e invariáveis no tempo a partir das 00h00 de 23 de novembro», explica Martinho Almeida.

INFO UA
“Havendo uma probabilidade elevada de uma longa região costeira estar em contato com um elevado rácio de água proveniente do rio, estas regiões estão e estarão em contato com tudo o que de perigoso se encontrava nas barragens na altura do acidente, não só lamas cujo impacto em termos temporais pode ser curto, mas químicos nocivos cuja diluição e efeitos no ambiente poderá durar décadas”, alerta.

A simulação foi feita com uma configuração realista utilizando dados de modelos globais assimilados. “Os dados do forçamento foram extraídos do modelo global oceânico HYCOM e da reanalise atmosférica CFSR para o hindcast e do modelo de previsão global GFS”, explica o investigador do DFis. O modelo foi ainda forçado com marés (superfície livre e correntes barotrópicas) e com descarga do Rio Doce. “Devido à inexistência de dados reais de descarga do rio, utilizei descarga climatológica mensal. Note-se que o desconhecimento do caudal real pode ser uma fonte de erros importante”, alerta.

Ver mapa com a evolução das lamas tóxicas depois de desaguarem na foz do Rio Doce aqui

Ver chegada das lamas ao Oceano Atlântico aqui

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