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8700 euros do Sealife para Universidade
2014/12/11

A organização britânica Sea Life Trust esteve na Universidade de Aveiro para entregar cerca de 8700 euros «como reconhecimento e, naturalmente, de apoio e incrementação do teste desenvolvido pelos departamentos de Biologia e de Química que torna possível, pela primeira vez, descobrir se um peixe foi capturado com recurso a cianeto sem ser necessário sacrificá-lo e dissecá-lo». A pesca com cianeto é uma técnica de pesca ilegal «altamente devastadora para os recifes de coral que a Sea Life, com a ajuda do teste da UA, quer erradicar».

Segundo comunicado da Universidade, «o teste aperfeiçoado pela UA, ao contrário dos já existentes que obrigavam à dissecação dos peixes na procura por vestígios de cianeto no sangue e nos músculos, envolve a transferência dos animais recém-entregues para água salgada artificial. É nessa água que os investigadores de Aveiro procuram quantidades vestigiais de tiocianato, um composto que deriva da metabolização do cianeto pelo peixe e que é expulso do organismo pela urina».

O teste desenvolvido pela UA está, de fato, a resultar num abrandamento da captura de peixes com recurso a cianeto. “Os nossos resultados preliminares apontam para que as grandes empresas Europeias e Norte Americanas que se dedicam à importação e revenda de peixes marinhos ornamentais tenham começado a ser mais rigorosas na escolha dos seus fornecedores, pois sabem que existe uma forte possibilidade dos seus peixes virem a ser monitorizados no âmbito da parceria da UA com o Sea Life”, descreve Ricardo Calado. O investigador acredita que, deste modo, “tenha havido e continue a haver uma maior procura de peixes capturados sem recurso à pesca com cianeto e que, por isso, tenha abrandado o impacto desta prática nos recifes de coral”.

Os departamentos de Biologia e Química da UA têm já planos para desenvolver um kit de teste portátil que possa ser usado nos locais onde os animais são capturados, de forma a que se possa rastrear os peixes ornamentais coletados e expor o potencial uso de cianeto para a sua captura.

«Estão ainda a ser desenvolvidos estudos para ver como é que a pesca com cianeto pode impactar peixes em particular e os recifes de coral em geral nos próximos anos, tendo em consideração os cenários de alterações climáticas globais previstos para 2050 e 2100», aponta Ricardo Calado.


Universidade de Aveiro (UA) recebeu a primeira doação do Sea Life Trust, um fundo de conservação marinha que a maior rede mundial de aquários públicos está a atribuir a iniciativas que promovam por todo o planeta a preservação dos oceanos. A organização britânica, que com os seus 40 centros marinhos espalhados pelo mundo tem a maior rede mundial de aquários públicos,

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