O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse esta quinta-feira à noite que o Hospital de Aveiro vive «um momento arrepiantemente chocante».

O autarca lembrou a morte do cirurgião Frias Coutinho, enquanto operava, na passada quarta-feira, «demitido oito dias antes», de coordenador da Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos para Cirurgia no Hospital de Aveiro e a situação em que se encontra o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), designadamente, a possibilidade de perda de competências.

Mas numa reunião da CIRA com o Ministro da Saúde, realizada esta esta quarta-feira, Paulo Macedo apontou «a perspetiva de que o CHBV não vai perder competências, sendo a sua aplicação devidamente tratada com as definições das valências e do modelo de funcionamento do CHBV pelo seu Plano Estratégico (que está na mão do Ministro)», segundo comunicado da CIRA difundido esta quinta-feira.

Segundo o mesmo comunicado, o Ministro «assumiu também o compromisso de apresentar respostas objetivas dentro de um mês, numa relação de proximidade com os Autarcas da Região de Aveiro a quem apresentará as conclusões destas diligências e do trabalho que está a desenvolver para a qualificação do CHBV».

A Assembleia Municipal de Aveiro debate o assunto na reunião desta quinta-feira admitindo-se a tomada de uma posição, como defenderam as bancadas do PS e do PSD.

O presidente da Câmara defende a tomada de uma posição regional e não apenas municipal. «Abordagens muito municipais não contribuem», disse.

Apontou ainda para uma questão que considerou «principal», ou seja a relação de competências e importância dos hospitasi do Porto e Coimbra. Também valorizou a necessidade da «consolidação de um modelo» no âmbito do CHBV havendo questões para resolver «dentro de nós próprios».