2013/10/08 Uma equipa de biólogos da Universidade de Aveiro defende que a indústria farmacêutica em vez de investir nas expedições marinhas para capturar os organismos e na sintetização das respetivas moléculas em laboratório, para fabrico de novos fármacos, aponta a aquacultura de corais como a opção mais eficiente e mais sustentável. O custo de produção de um novo medicamento com o auxílio da aquacultura, pode descer de 90 a 60 por cento.
Segundo Miguel Leal, aluno de doutoramento do Departamento de Biologia da academia de Aveiro, a biodiversidade marinha representa hoje uma enorme esperança para a indústria farmacêutica na descoberta de compostos que possam dar origem a novos e mais poderosos fármacos. «Cada vez mais a fonte de inspiração para novos fármacos está no mar e, por isso, as farmacêuticas estão-se a virar para os oceanos à procura de novos compostos, nomeadamente dos que são produzidos pelos corais», explica .
Contudo, diz o biólogo da UA, “a indústria farmacêutica indica que não existe uma fonte constante e fiável de compostos naturais de origem marinha, uma vez que os organismos produtores dessas mesmas moléculas não são uma fonte inesgotável e que é extremamente caro capturá-los em alto mar”.
Uma das vantagens da aquacultura de corais apontadas pelo investigador «é ter dentro de um aquário não só o verdadeiro composto produzido pelo animal, uma fonte que não falha porque é o produtor natural dessas mesmas moléculas, como também várias espécies prontas a serem estudadas». |