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Bolsa de 1,4 milhões para cientista da UA
2013/06/17

A investigadora Mara Freire, da Universidade de Aveiro (UA) cerca de 1,4 milhões de euros ao longo de cinco anos para desenvolver o projeto “IgYPurTech: Uma tecnologia sustentável para a purificação de anticorpos” para desenvolver biofármacos baratos e mais eficazes do que alguns dos actuais antibióticos a partir de anticorpos retirados da gema do ovo.

A bolsa foi atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação,

A cientista integra o Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO) da UA.

O desenvolvimento de uma nova técnica para a purificação de anticorpos terá, garante a investigadora, «um impacto muito significativo na saúde humana e na economia». João Rocha, diretor do CICECO, diz que «o prémio agora atribuído permitirá a esta jovem criar no CICECO uma nova área de investigação muito inovadora e com um potencial impacto económico considerável», sublinha.

Segundo a investigadora, o estudo da produção e purificação de anticorpos para uso em seres humanos tem-se centrado, nos últimos anos, principalmente, nos anticorpos produzidos por animais de pequeno porte. Contudo, para além do elevado custo de produção, a recuperação destes anticorpos requer o uso de práticas invasivas.
«Uma potencial alternativa baseia-se na imunoglobulina Y (IgY), um anticorpo produzido em grande quantidade e presente na gema de ovo», segundo a investigadora do CICECO. Para além da sua obtenção não fazer uso de técnicas invasivas, explica que, «o facto de o IgY ser abundantemente produzido contribui para uma redução dos custos de produção pela indústria farmacêutica».

Atualmente, «há uma enorme preocupação com o aparecimento de microorganismos resistentes aos antibióticos e, consequentemente, de doenças que não respondem às terapias convencionais e de pessoas para quem a vacinação tradicional tem pouco efeito».

Estes desafios constituem assim forte motivação para o desenvolvimento de novos fármacos, alternativos aos conhecidos, entre os quais se contam os anticorpos, também conhecidos como biofármacos. No entanto, aponta Mara Freire, “o uso corrente de anticorpos (biofármacos) está ainda condicionado pelo elevado custo da sua produção”.

Purificar o IgY tem um custo significativo devido «à inexistência de uma técnica de purificação eficaz que separe a imunoglobulina de outras proteínas contaminantes» sendo que «o desafio maior do projecto premiado da UA é o desenvolvimento de uma nova técnica de purificação de IgY que, a partir da gema de ovo, permita obter os anticorpos com a pureza necessária à indústria farmacêutica e a um preço competitivo».

Mara Freire irá recorrer da «utilização de sistemas aquosos bifásicos constituídos por líquidos iónicos, sistemas contendo maioritariamente água, biocompatíveis e mais amigos do ambiente».

Para Mara Freire a bolsa é «uma enorme conquista e um grande reconhecimento em relação ao trabalho científico que desenvolvi ao longo dos últimos dez anos». A distinção, permitirá «trilhar novos caminhos na investigação na procura de fármacos alternativos e financiar toda uma equipa de investigação».

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